Robert Kubica disse em entrevista ao Autosport que conquistar o título LMP2 do Campeonato Mundial de Endurance colocou um sorriso de volta em seu rosto depois de uma série de derrotas dolorosas nas 24 Horas de Le Mans.
O trio WRT, com Kubica, Louis Deletraz e Rui Andrade, foram coroados os últimos campeões LMP2 do WEC com a vitória na final de sábado no Bahrein, batendo Albert Costa, Fabio Scherer e Jakub Smiechowski da Inter Europol por surpreendentes 59 pontos na contagem final.
Kubica sente que seu sucesso no título do WEC ajuda muito a compensar seu quase fracasso em Le Mans em 2021, quando uma falha estranha no sensor do acelerador na última volta negou-lhe a vitória em sua primeira visita e do WRT a La Sarthe. Desde então, o piloto polaco conseguiu dois segundos lugares no clássico francês de resistência, mas a vitória continua a iludi-lo.
A consistência da equipa #41 do WRT foi tal que terminaram todas as corridas do ano no pódio, exceto uma, e o primeiro lugar nas 8 Horas do Bahrein marcou a sua terceira vitória em sete tentativas.
Ao elogiar o WRT por uma campanha impressionante, Kubica disse que seu sucesso no título mostra que ele pode ser competitivo nas corridas de resistência, tendo mudado para esta forma de automobilismo após um retorno malsucedido à Fórmula 1 em 2019.
Kubica já havia conquistado o título da European Le Mans Series em 2021 também com o WRT, embora seu sucesso no WEC marque seu primeiro título de campeonato mundial em qualquer disciplina do automobilismo desde que triunfou na classe WRC2 em 2013 ao dirigir um Citroen.
Aspas de Robert Kubica, campeão no WEC
“Para ser sincero, não ganhei muitos campeonatos na minha vida. Sim, alguns deles, mas cada temporada cada campeonato é diferente. Isso parece especial. É uma pena o que ocorreu em Le Mans, tenho que admitir. Terminar em P2 pelo segundo ano consecutivo e em 2021 perder a vitória na última volta. Mas de qualquer forma, este campeonato mundial traz de volta alguns sorrisos. Tenho certeza de que não poderíamos terminar de uma maneira melhor.”
“Com certeza é uma grande conquista. Quando você sempre inicia um novo capítulo e sou eu chegando às corridas de resistência, primeiro no ELMS e depois no WEC, o objetivo sempre foi o desempenho. Toda temporada que começamos, tenho 38 anos, sei que posso ser competitivo. Sei o que preciso para ter um desempenho e este ano isso mostra que, juntamente com os meus companheiros de equipa no WRT, temos todos os ingredientes para ter um desempenho.”
