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Alain Prost pede maior reconhecimento pela carreira na Fórmula 1

Alain Prost disse que as comparações constante com Ayrton Senna fazem sua carreira acabar sendo bem subestimada

Alain Prost revela bastidores com Senna

Divulgação/Alpine

O tetracampeão mundial de Fórmula 1, Alain Prost, fez uma afirmação ousada sobre como é visto pelo mundo do automobilismo, dizendo que é “completamente subestimado” em comparação com outros pilotos que fizeram história na categoria.

Prost conquistou campeonatos sucessivos pela McLaren em 1985 e 1986 e garantiu mais sucesso com a equipe de Woking em 1989, antes de somar um quarto título com a Williams em 1993. Sua passagem pela Williams ocorreu após um ano sabático em 1992 e 93 seria sua última temporada antes da aposentadoria, quando o rival de longa data Ayrton Senna o substituiu na equipe.

Apelidado de “O Professor” devido à sua abordagem calculada à gestão de corridas, Prost ocupa o quarto lugar de todos os tempos em títulos de F1 e o quinto em vitórias em Grandes Prémios (51). Mesmo assim, o francês acredita que comparações com Ayrton Senna afetam a opinião das pessoas sobre sua carreira.

Senna e Prost foram companheiros de equipe em 1988 e 89, com o brasileiro saindo por cima para vencer o campeonato em sua temporada de estreia como parceiro na McLaren. Prost saiu vitorioso após um polêmico Grande Prêmio do Japão em Suzuka, um ano depois, mas provavelmente teria selado o título no final da temporada em Adelaide.

O francês trocou o ambiente difícil da McLaren pela Ferrari em 1990 e perdeu o título depois que Senna tirou os dois pilotos da corrida em Suzuka, de maneira polêmica. Prost admite que durante todo o tempo como companheiro de equipa Senna esteve em vantagem na qualificação, mas está convencido de que nas condições de corrida este não foi o caso.

Aspas de Alain Prost, ex-piloto de Fórmula 1

“Às vezes me pergunto como serei lembrado. Parece uma piada, mas sou completamente subestimado! Eu sei que. Eu consigo ver. Não sei por que, mas de certa forma é minha marca. Parece que vai ficar assim para sempre, faz parte da história.”

“Olhe para meus outros companheiros de equipe, [John] Watson, [Rene] Arnoux, [Eddie] Cheever, Niki, Keke, Stefan [Johansson], Nigel [Mansell], Jean [Alesi] e Damon [Hill]. Ninguém fala sobre eles. Tive cinco campeões mundiais como companheiros de equipe, então é uma pena.

“Mas é assim que as coisas são. Hoje você tem redes sociais e todo mundo está voltando para os vídeos das nossas lutas. Às vezes eu não entendo. Minha carreira não durou apenas dois ou três anos.”

Escrito por Fabricio Carvalho

Jornalista baseado no Rio de Janeiro. Redator de notícias, artigos e relatos sobre esportes nacional e internacional

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