Em clima de esquenta para o início de mais uma temporada na Fórmula 1, as equipes estão apresentando os carros para mais um campeonato. Nesta quarta-feira (07), a Alpine divulgou o layout e as novidades que o A524 trará. A cerimônia foi realizada na fábrica em Enstone, da Inglaterra.
Nas entrevistas para a imprensa, os executivos da Alpine fizeram uma prospecção do que esperar do novo carro, sinalizando que foram intensas as mudanças, com o antigo carro não deixando praticamente nada de vestígios dos modelos utilizados por Esteban Ocon e Pierre Gasly em 2023.
“É um carro totalmente novo, da frente para trás. Acho que apenas o volante sobreviveu. Por isso, tentamos realmente analisar cada área do carro para garantir que não deixássemos nenhuma pedra sobre pedra. Assim, você terá um carro com potencial para o ano todo. Ficamos um pouco no estabilizados com o 523 e acho que, com esse carro, temos esse potencial”, destacou um executivo da escuderia francesa.
As alterações começam na asa dianteira, que trazem uma nova roupagem que conversa diretamente com o sistema de freios, algo colocado como primordial.
“É muito complexo. É muito importante com os freios, como tenho certeza de que todos vocês sabem com os carros que dirigem todos os dias. É muito importante que você seja consistente e preciso. E tanto Esteban quanto Pierre realmente precisam ser consistentes e precisos no sistema de freios. Essa é a primeira ordem. Mas, depois disso, o carro também é um dispositivo aerodinâmico. Precisamos resfriar os freios, precisamos resfriar as pinças, precisamos resfriar o disco de freio, mas também precisamos gerenciar a temperatura que vai para os pneus. E isso é feito por meio de uma combinação não apenas dos cobertores que você vê na televisão, mas também da maneira como deixamos o calor passar para a carcaça do pneu. Portanto, dedicamos muito tempo a isso.”
A suspensão dianteira do novo carro da Alpine traz um conceito semelhante ao do A53, mas com algumas otimizações.
“Se voltarmos um pouco mais atrás, uma das grandes áreas em que nos concentramos este ano foi o chassi. Nós nos certificamos de que apertamos tudo o que podíamos. Precisamos garantir que o piloto esteja confortável. Esteban, não se preocupe, você se sentirá confortável no carro”, brincou o diretor técnico da escuderia francesa.
“Isso é muito, muito importante para a capacidade de pilotagem deles. Mas, da mesma forma, também precisamos nos esforçar. Precisamos forçar as estruturas e também precisamos dar à parte inferior da carroceria do carro a capacidade de aumentar a taxa de fluxo através do carro. Mas, fundamentalmente, o chassi foi projetado para nos dar o máximo de volume para que nossos aerodinamicistas possam se expressar livremente em termos de conceitos, não apenas para o carro de lançamento, mas para a primeira, segunda, terceira e quarta atualizações de corrida“, complementou o membro da Alpine.
Na última temporada, a Alpine computou 120 pontos ao longo de 21 corridas realizadas. O time foi o sexto colocado no Mundial de Construtores.
