A Pirelli deve abandonar a mudança do composto C2 para a próxima temporada da Fórmula 1 após os testes de um protótipo no Grande Prêmio do Japão não mostrarem melhorias significativas.
O fornecedor oficial de pneus da Fórmula 1 está avaliando ajustes na seleção do composto de pneus da temporava que vem, em uma tentativa de resolver problemas que têm se apresentado. Uma das áreas que poderia mudar foi tornar o C2, que é o terceiro composto mais duro da peça, que vai do C0 ao C5, em ligeiramente mais macio.
A decisão seria porque o C2 provou ter desempenho próximo do C1 e distante do C3, portanto, uma mudança ajudaria a tornar as diferenças entre os compostos mais iguais.
A Pirelli distribuiu dois conjuntos de protótipos de compostos C2 mais macios para cada piloto nos treinos do Grande Prêmio do Japão, mas o feedback inicial do funcionamento do C2 modificado mostrou que ele não apresentou o nível de desempenho esperado, o que significa que a Pirelli manterá os compostos atuais em 2024.
Em entrevista ao Motorsport.com, o chefe de corridas da Pirelli, Mario Isola, explicou os testes.
“Olhando para os dados e considerando a evolução da pista, acredito que o protótipo não tem a aderência que nós estavam esperando. Portanto, provavelmente continuaremos com o C2 atual no próximo ano. Sem um resultado claro, um passo claro na aderência, não há razão para mudar e introduzir um novo composto.”
Pirelli não tem planos para um novo teste
Ainda segundo o diretor da Pirelli, o teste do C2 no Japão foi único, portanto não há planos para qualquer nova avaliação. Em contrapartida, no Grande Prêmio do México, a Pirelli testará um protótipo C4 revisado que espera melhorar as características.
“Queremos testar o C4 no México com o mesmo sistema, portanto não teremos nenhum TL2 dedicado, mas apenas dois conjuntos de protótipos para os pilotos. O objetivo não é mover o C4 composto, porque a posição é boa. Mas o C4 mostrou bastante granulação durante a temporada atual”, disse Isola.
“Então, queremos melhorar a resistência mecânica e ter uma faixa de trabalho mais ampla, porque o feedback das equipes é que o C4 está um pouco pontiagudo.”
