A Ford será parceira da Red Bull Racing na Fórmula 1, quando entrarem em vigor os novos regulamentos de motores previstos na modalidade. Jim Farley, chefe da Ford Motor Company, deu mais detalhes deste trabalho que vem sendo feito
Desde o anúncio da união entre as companhias há cerca de um ano, a fabricante estadunidense vem trabalhando no desenvolvimento de seu motor.
“Estamos voltando à Fórmula 1 de uma maneira que não fizemos no passado”, disse Farley, segundo o portal Speedcafe.com.
“Acontece que a melhor aerodinâmica está na Fórmula 1, a melhor telemetria, os melhores diagnósticos digitais”, prosseguiu Jim, que lidera o retorno da Ford à F1.
O chefe da fabricante de motores deu detalhes da tecnologia usada pela gigante automobilística na produção do motor que será utilizado no carro da Red Bull a partir de 2026.
“E, na verdade, precisamos de todas essas coisas para carros elétricos e digitais. Então, na verdade, está voltando aos anos 70 com uma transferência de tecnologia pura”, explicou.
“(…) Estamos indo lá para literalmente transferir tecnologia. Podemos oferecer tecnologia de bateria para eles, porque em 2026 eles vão passar para 50% elétricos e precisam de baterias de alta descarga – e fazemos isso na NHRA, por exemplo”, detalhou.
Segundo Farley, a Fórmula 1 é a “melhor do mundo” no uso de tecnologias, daí surge a necessidade de transferência à medida que o negócio ou características alteram.
Motor em desenvolvimento pela Ford para 2026
A fabricante de motores dos Estados Unidos está desenvolvendo o Mustang Super Cobra Jet 1800, que, de acordo com o Speedcafe, é uma versão mais “agressiva” do Mustang Cobra Jet 1400 – detentor do recorde mundial da NHRA.
Como parte do projeto em curso, Farley passou, portanto, um período na fábrica da RBR no Reino Unido.
“Tive a chance de passar muito tempo com a equipe de Milton Keynes e com Adrian Newey”, revelou.
“Acho que estamos no caminho certo. 2026, mesmo que pareça muito distante, temos muito trabalho a fazer no trem de força, mas estou muito feliz com o progresso.”, comemorou.
No entanto, Farley cobrou que a atenção seja redobrada no desenvolvimento do motor, com o objetivo de evitar surpresas negativas.
“Mas creio que talvez onde precisamos prestar atenção urgente antes que seja tarde demais é na relação entre potência de combustão e energia elétrica. Com o cuidado de garantir que não estamos criando um Frankenstein técnico”, concluiu Jim Farley sobre o desenvolvimento do motor da Ford.