Após duas temporadas de dominância na Fórmula 1, com direito a uma vitória com 451 pontos de folga no último campeonato de construtores, não seria um absurdo a Red Bull Racing optar então por não fazer grandes alterações em seu carro em relação ao RB19. Enfrentar uma temporada mais disputada, devido à busca por evolução das equipes adversárias, também poderia estar dentro do planejado.
No entanto, ao menos segundo o desempenho durante os primeiros testes no Bahrein nesta semana de pré-temporada, a Red Bull mexeu mais do que se esperava em seu carro, em busca de evoluir e tornar o RB20 tão imbatível e inovador quanto o seu antecessor.
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Os sidepods do carro da Red Bull, por exemplo, são notáveis, especialmente por sua semelhança com o conceito Zeropod da Mercedes, que não obteve sucesso. Com Max Verstappen no volante, foi registrado o tempo mais rápido, superando assim o bom desempenho de Lando Norris por mais de um segundo.
Segundo matéria recente do portal GPblog, Andrea Stella, chefe de equipe da McLaren, expressou sua reação em relação ao desempenho do RB20 no Bahrein: “Tenho que confessar que, quando vi o carro (RB20), pensei: ‘Uau, eles (da Red Bull) certamente foram corajosos ao mudar algumas das formas que fizeram o carro ter tanto sucesso no ano passado’“
Vitória antecipada em 2023 “deu mais tempo” à Red Bull?
Andrea Stella também destacou que o fato da RBR ter vencido o último campeonato de forma precoce, os deu mais tempo para se concentrar em trabalhar no carro deste ano e analisar quais riscos correr durante esta temporada.
“Como eu disse anteriormente, acho que eles puderam desfrutar de uma vantagem no ano passado que lhes deu a confiança, do ponto de vista do cronograma, para assumir esses riscos logo no início e realmente ver se funciona“; opinou Stella.
Por fim, o engenheiro italiano fez um breve resumo do que já foi possível analisar em matéria de evolução no RB20, mesmo que sejam pontos ‘invisíveis’ inicialmente: “O que eu diria, porém, é que há inovações ‘microscopicas‘ […] Muita coisa acontece no que não vemos entre a parte de baixo do carro e o chão. Embora isso possa ser o mais visível, não é necessariamente o mais impactante em termos do passo à frente que eles deram“.
