Andrea Stella, chefe da McLaren, disse que a Red Bull não teve nenhuma vantagem com seus pneus no Grande Prêmio da Austrália, ao contrário das corridas anteriores desta temporada.
Um superaquecimento do freio traseiro direito de Max Verstappen, que o prejudicou desde o início da corrida, forçou seu abandono, deixando Carlos Sainz na liderança, com dobradinha junto ao companheiro Charles Leclerc, da Ferrari.
A McLaren, de Andrea Stella, dividiu as estratégias de seus pilotos. Lando Norris foi mais rápido no final, então autorizado a ultrapassar Oscar Piastri em uma troca de ordens, conseguindo fechar na terceira e na quarta colocações.
Sergio Perez terminou em quinto, ganhando uma posição na corrida graças aos problemas de Verstappen. Andrea Stella acredita que, mesmo sem os problemas do atual campeão, os veículos da Red Bull não teriam tido vantagem com os pneus em Melbourne como teve no GP do Bahrein, que abriu a temporada.
“No Bahrein, a Red Bull foi o único carro que utilizou confortavelmente seus pneus macios. Mas no Bahrein não há granulação alguma. De jeito nenhum você vai granular porque não tem aderência suficiente para tensionar os pneus e esticar a borracha a um ponto em que a borracha gere granulação”, disse o chefe da McLaren, que seguiu.
“Na Austrália é um regime completamente diferente em comparação com o Bahrein, mas ainda assim eu diria, aproveitando esta questão do ponto de vista da engenharia e dizendo: ‘Ah, está muito claro o que precisamos fazer no carro para estarmos bem no Bahrein e estarmos bem aqui’ – isso não é simples, de forma alguma. Caso contrário, todos estariam em uma boa situação. É muito difícil.
Com condições diferentes, chefe da McLaren acredita que Red Bull poderia ter alguma vantagem
Andrea Stella considerou, no entanto, que havia probabilidade de o comportamento dos pneus ter mudado drasticamente se as condições tivessem sido diferentes em Melbourne.
“A Red Bull não teve nenhuma vantagem, aparentemente, do ponto de vista do manuseio dos pneus, em uma pista onde os pneus eram muito macios e granulados. Pode ser que sigamos um caminho semelhante e as coisas sejam um pouco diferentes, é um dos problemas que você chamaria de não linear. Você muda um pouco as condições e a solução muda drasticamente. Isso normalmente é o que acontece com os pneus.”
