Chefe de equipe da Haas, Guenther Steiner participou de uma entrevista ao podcast Track Limits e não fugiu de perguntas polêmicas. O italiano, ao ser questionado, respondeu se acha que a FIA tem critérios diferentes para tratar as equipes do grid da Fórmula 1.
Na visão de Steiner, por exemplo, é mais difícil ver a FIA punir equipes maiores e mais tradicionais – como Ferrari, Mercedes e Red Bull. Com equipes menos, como a própria Haas, o tratamento tende a ser diferente.
“Difícil dizer. Quero dizer, se você considerar o ser humano em geral, acho que, obviamente, se eles fazem algo para uma equipe grande, eles sabem que se expõem muito mais do que [quando fazem] para uma equipe pequena. Então você está pensando conscientemente ou inconscientemente para fazer isso?”, iniciou Steiner.
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O italiano lembrou quando foi punido por ter criticado os comissários de prova após o GP de Mônaco, disputado em maio. Steiner questionou se Toto Wolff, chefe de equipe e CEO da Mercedes, receberia a mesma punição se tivesse feito a mesma coisa. “Eu fiz alguns comentários e fui penalizado por isso, sem querer ofender ninguém, mas apenas disse a verdade, pois são pessoas cuja profissão não é ser comissário de prova. Se Toto tivesse dito isso, ele teria recebido a mesma penalidade? Toto não diria isso, é claro, não publicamente. Eu tinha uma opinião, tinha de expressá-la”, brincou o chefe de equipe da Haas.
Por fim, Guenther Steiner foi perguntado se a FIA costuma aplicar dois pesos e duas medidas para as equipes na Fórmula 1. A resposta foi direta: “Não posso dizer que sim, porque não tenho provas. Mas eu diria que, conhecendo os seres humanos, diria que a chance possivelmente existe”.