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Daniel Ricciardo abre o jogo sobre permanência na Fórmula 1

Futuro do piloto da equipe RB só vai acabar quando ele não se sentir mais competitivo na categoria

Daniel Ricciardo

Daniel Ricciardo sofre pressão para permanecer na Fórmula 1 (Divulgação/Red Bull)

Em entrevista exclusiva para o site RacingNews365, o piloto australiano Daniel Ricciardo disse que não vai ficar apenas “ocupando” um posto na RB se não for mais competitivo.

Com 35 anos, Ricciardo e o jovem Yuki Tsunoda (24 anos), seu companheiro de equipe, lutam pela permanência na categoria.

Para Helmut Marko, a RB deveria voltar a ser um time júnior da Red Bull onde atuam Max Verstappen e Sergio Pérez. Portanto, deveria ser uma equipe voltada para formar jovens talentos que depois poderiam pilotar os carros do time principal.

Ricciardo, que já é um piloto experiente, sofre com a pressão de se manter em um time B. Principalmente porque Liam Lawson, que é também piloto da Red Bull e quer competir na categoria.

O problema se torna ainda maior pelo fato de Lawson ter uma cláusula em seu contrato que permite negociar com outros times caso não tenha vaga assegurada na Red Bull em 2025 — o piloto pode fazer isso até o primeiro dia de setembro de 2024.

Liam Lawson e Isack Hadjar querem chance na F1

Além disso, também na Red Bull há Isack Hadjar, um prodígio que domina a Fórmula 2, onde também atuam figuras como Andrea Kimi Antonelli.

Por essa razão, Ricciardo, na entrevista, afirmou que “sabe exatamente como é ser um piloto júnior”. Ele disse que entende completamente “um jovem piloto faminto por ter uma chance na categoria principal”.

Assim, Ricciardo afirmou que “não quer atrapalhar ninguém a ter sua chance”. O australiano disse que caso venha sentir que está ocupando um espaço que não é mais dele, não vai querer mais estar nessa posição.

Ricciardo afirmou que há cerca de um ano ele percebeu que o atual momento é sua “última chance” e que ainda não está pronto para “entregar sua posição”.

Daniel Ricciardo ainda se vê competitivo na Fórmula 1

Ricciardo afirmou que se seus resultados “forem ruins e seja lá o que for, que assim seja e isso vai acontecer, mas eu pessoalmente não sinto que cheguei lá ainda”.

O piloto disse que é “muito honesto” com sua própria atuação. Segundo ele, seria desconfortável ocupar um lugar caso ele realmente não sentisse mais que seu coração está lá.

“Sim, eu não me sentiria bem com isso. Então, eles terão essa chance, mas não agora”, disse o piloto.

A questão, portanto, está diretamente relacionada aos resultados que Ricciardo vem conquistando nas pistas. Desde o GP do Canadá, quando o australiano chegou entre os 10 primeiros colocados, ele tem sido mais competitivo do que Yuki Tsunoda.

Escrito por Renato Roschel

Editor-chefe do Nas Pistas. Há mais de 30 anos com trabalhos nas áreas de jornalismo e produção de conteúdo. Já colaborou para jornais como Folha de S. Paulo e Valor Econômico. Foi correspondente da Rádio Eldorado em Londres, editor da Revista Osesp e é tradutor, revisor, organizador e autor de diversos livros, entre eles, Literatura Livre: ensaios sobre ficções que formaram o Brasil, obra publicada pelo Sesc em 2022.

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