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Drugovich na Williams? Relembre 7 brasileiros que representaram a equipe de Grove

Torcedores brasileiros vivem a expectativa de Felipe Drugovich fazer o país retornar ao grid da Fórmula 1, pela Williams

Felipe Drugovich, piloto da Aston Martin stroll

Felipe Drugovich, piloto de testes da Aston Martin (Divulgação/ X - @AstonMartinF1)

Felipe Drugovich pode colocar o Brasil de volta à Fórmula 1. Conforme informações do site F1-Insider, o piloto reserva da Aston Martin está próximo de ser confirmado na Williams. A publicação complementa que o automobilista, campeão da Fórmula 2 no ano passado, precisaria investir 15 milhões de euros (cerca de R$ 78 milhões, na cotação atual) para garantir o lugar no cockpit da tradicional escuderia britânica.

Desse modo, Drugovich disputa a vaga na Williams atualmente de Logan Sargeant. Atualmente piloto reserva da Aston Martin, Mick Schumacher é outro postulante. A definição deverá ocorrer logo após o GP dos Estados Unidos, marcado para 22 de outubro.

Drugovich pode trilhar os caminhos de compatriotas notáveis. Vários pilotos brasileiros que fizeram história na Fórmula 1 correram pela histórica escuderia britânica fundada por Frank Williams. São eles: José Carlos Pace, Nelson Piquet, Ayrton Senna, Antônio Pizzonia, Rubens Barrichello, Bruno Senna e Felipe Massa.

Na temporada de 1972, José Carlos Pace estreou na categoria pela operação anterior à atual Williams Racing (fundada em 1977): a Frank Williams Racing Cars. O piloto terminou em 18º lugar no campeonato de 1972.

Piquet conquistou seu terceiro e último título pela Williams em 1987. O brasileiro teve o britânico Nigel Mansell como companheiro de equipe durante duas temporadas, com a parceria iniciando no ano anterior. Aliás, seu relacionamento com o Leão sempre foi polêmico.

A rivalidade entre Piquet e Mansell na Williams em 86 e 87 foi marcada por declarações polêmicas, sobretudo do lado do brasileiro. Além de xingamentos como “burro” e “idiota”, o tricampeão mundial não poupava nem a esposa do britânico.

Nelson Piquet foi campeão em 1981 e 1983 pela Brabham. Na sua primeira temporada na Williams em 1986, mesmo que o carro tivesse o poderoso motor Honda, o título ficou com Alain Prost. O francês dirigia a McLaren que ainda usava um TAG Porsche e superou Nigel Mansell por apenas dois pontos ao fim do campeonato. Piquet encerrou a competição em terceiro, um ponto atrás do Leão.

No ano seguinte, o brasileiro foi campeão, mesmo ganhando metade das provas de Nigel Mansell. Piquet triunfou apenas três vezes, contra seis do Leão. Mesmo assim, marcaria, no fim de 1987, 12 pontos a mais do que o rival britânico. Afinal, Nelson obteve, por mais sete oportunidades, a segunda colocação nas provas daquela temporada, contra apenas um terceiro lugar do Leão.

Piquet deixaria a Williams para correr na Lotus e na Benetton, onde encerraria sua trajetória na Fórmula 1 em 1991. Depois de uma passagem de dois anos pela Ferrari, Nigel Mansell retornaria à equipe britânica também em 91 para guiar o famoso carro de “outro planeta”. O revolucionário veículo com um grande investimento em equipamentos eletrônicos, suspensão ativa e motor Renault seria praticamente invencível no ano seguinte.

Ayrton Senna criou uma obsessão por um lugar no cobiçado cockpit da Williams. Sem chance de brigar pelo título na McLaren, o brasileiro conseguiria o tão sonhado lugar na temporada de 1994. Mas o ano se tornaria trágico para os fãs de esportes a motor no Brasil.

Enfrentando problemas com o modelo que já não tinha a potência dos anos anteriores, Senna correria três vezes pelo novo carro, abandonando os GPs do Brasil e do Pacífico. Em Ímola, todos os brasileiros que ligaram a TV naquele 1º de maio de 1994 se recordam de onde estavam ao acompanharem a trágica batida de Ayrton Senna, ao passar reto na curva Tamburello, no GP de San Marino.

Antônio Pizzonia seria o primeiro brasileiro a correr pela Williams depois de Ayrton Senna. Nas temporadas de 2004 e 2005, substituiu os pilotos titulares em algumas provas daquelas edições. Ao todo, Pizzonia correu nove grandes prêmios pela equipe de Grove, tendo um sétimo lugar como sua melhor colocação, com a posição repetida quatro vezes.

O próximo brasileiro a correr pela Williams seria Rubens Barrichello. Suas duas últimas temporadas na Fórmula 1 ocorreram na escuderia britânica, em 2010 e 2011, usando motores Cosworth. Logo após marcar 47 pontos e ficar em 10º lugar no primeiro ano, no segundo somou apenas quatro, terminando em 17º. Seu melhor desempenho foi um quarto lugar no GP da Europa de 2010.

Para 2012, a Williams voltaria a utilizar motores Renault, famosos nos anos 90. Bruno Senna substituiu Rubens Barrichello. O sobrinho de Ayrton Senna foi titular da equipe de Grove naquele ano, terminando em 16º no campeonato com 31 pontos. A melhor colocação que conseguiu foi um sexto lugar no GP da Malásia em 2012.

Por fim, Felipe Massa foi o último brasileiro a defender a Williams. Em suas quatro temporadas derradeiras na Fórmula 1, esteve no cockpit da equipe de Grove entre 2014 e 2017.

Escrito por Marco Andrews Felgueiras Maciel

Jornalista formado pela PUCRS em 2007 e pós-graduado em Imprensa Esportiva e Assessoria de Comunicação pela Universidade Castelo Branco. Atuei na web-rádio Voz do Futebol e escrevo para o Torcedores.com desde 2022, além de colaborar para o site Nas Pistas a partir de 2023. Também edito o SAMBARIO, voltado para carnaval e sambas-enredo, desde 2004. No canal do YouTube do portal (@sambariosite), entrevistamos mais de uma centena de personalidades do samba e do carnaval nos tempos da pandemia. Ainda fui redator e assessor de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade).

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