O domínio da Ducati no último domingo (7) no MotoGP da Alemanha foi resultado de mais motos que suas rivais, uma vantagem que não se repetirá no ano que vem.
Isso porque, a saída da Pramac para a Yamaha significa que as motos da Ducati vão se reduzir em números em 2025, de oito para seis. No domingo, em Sachsenring, o piloto de fábrica da Ducati, Francesco Bagnaia, venceu o Grande Prêmio, à frente da dupla da Gresini, Marc e Alex Márquez, depois que Jorge Martin, da Pramac, perdeu a liderança. Enea Bastianini e Franco Morbidelli ficaram em quarto e quinto lugar.
Um dia antes, Miguel Oliveira e Raul Fernandez, da Trackhouse Aprilia, se classificaram em segundo e terceiro. Oliveira terminou a corrida de sprint em segundo.
Simon Crafar, apresentador e especialista em MotoGP, em trecho divulgado pelo site Crash.net, entende que a diminuição de motos da Ducati vão equilibrar as coisas em 2025.
“Nenhuma outra marca conseguiu ficar com eles, e eles conseguiram. A Ducati, com suas medidas tomadas, deu um passo à frente. É tão claro que, com oito motos e oito técnicos, chefes de equipe e pilotos, trabalhando com informações, e depois aos domingos, eles sempre dão um passo à frente. Tenho quase certeza de que é uma área avançada. Assim como, por exemplo, a moto do Pecco (Bagnaia) não tinha os ajustes que tinha no sábado. Eles estão sempre encontrando um caminho a seguir. Estou muito feliz que, no ano que vem, haverá dois a menos no grid”, apontou Crafar.
Ducati vai brigar pelo título
Mesmo que a própria equipe entenda que haverá mais equilíbrio em 2025, não abre mão da disputa pelo título da atual temporada, ainda mais após a vitória de Bagnaia.
A vitória do piloto permitiu que ele ultrapassasse Martin na classificação da MotoGP e liderasse a classificação. Jorge Martin se aproximava da vitória quando caiu e a gestão superior dos pneus de Bagnaia prevaleceu.
“Não posso deixar de sentir pena de Jorge Martin. Estava tão claro que eles jogaram seus ases de forma diferente. Pecco disse que quando Jorge reagiu e fugiu, estava fazendo seu grande empurrão, usando seus pneus. Estava claro que Pecco estava sendo cuidadoso”, deixou claro de novo Simon Crafar.
“Depois, no último período, foi a vez de Pecco usar o que sobrou dos seus pneus. As pessoas dirão que foi um presente para Pecco. Mas foi uma corrida inteligente da parte dele. Ele sabia o quão fácil era cometer um erro com aquele pneu dianteiro, na última parte, sob pressão. Ele apenas manteve aquela pressão.”
