A fase da Mercedes na Fórmula 1 não é nada boa e parece estar longe de melhorar. Dessa forma, o assunto que roubou a cena nas classificatórias foi o erro primário da equipe alemã no fim do Q2. A falha ocasionou o toque de George Russell em Lewis Hamilton em plena reta dos boxes, quando ambos abriam uma volta rápida na segunda parte da classificação.
O erro atrapalhou os planos e resultados dois dois pilotos da Mercedes. Assim, o carro de Hamilton ficou desalinhado e ele perdeu a chance de lutar por uma vaga na primeira fila. Por outro lado, Russell teve um péssimo desempenho durante os treinos, mas partia para o tudo ou nada no momento da batida e acabou sendo eliminado no Q2 com o 12º tempo.
Há quem diga que Russell teve culpa no acidente e teria tentado atrapalhar seu companheiro de equipe. No entanto, a teoria não faz sentido, já que naquele momento o heptacampeão já tinha um tempo que lhe garantiria no Q3. Assim, quem estava com a “corda no pescoço” era Russell, pois ele ainda não tinha feito um tempo que o colocasse no Q3.
Erro de comunicação da Mercedes
Segundo Toto Wolff, chefe da Mercedes, ocorreu um erro de comunicação primário dentro da equipe. Desse modo, o erro começou com os engenheiros Peter Bonnington e Marcus Dudley. Inicialmente, os carros da equipe saíram dos boxes com diferentes planos para o fim do Q2. Assim, Russell fecharia sua volta rápida primeiro. Em seguida, Hamilton abriria sua última tentativa.
Contudo, Russell teve de mudar os seus planos quando errou a tangência. Após o erro, o piloto de 25 anos abriu espaço para os carros que faziam uma volta rápida. Após isso, Russell perguntou se havia outro piloto vindo, mas não obteve resposta, dando início a confusão. Assim, o inglês resolveu pegar vácuo de Sainz para abrir sua última tentativa. O problema é que essa atitude coincidiu com a preparação de Hamilton para a sua derradeira volta rápida. Nem Russell, nem Hamilton sabiam da posição de pista do companheiro.
Além disso, o heptacampeão não recebeu um aviso de que o seu companheiro tinha abortado a volta e partiria para uma nova volta rápida naquele momento. Desse modo, os dois carros da Mercedes ficaram próximos logo depois da última curva, no início da reta dos boxes.
Marcus Dudley não avisou Russell que Hamilton estava atrás dele. Assim, o inglês decidiu sair para a direita para tentar aproveitar o vácuo de Sainz. Esse movimento fez com que Hamilton pensasse que Russel estava dando passagem. No entanto, Russell voltou para o traçado e espremeu seu companheiro, danificando a asa dianteira do heptacampeão. Tudo isso se desenrolou sem que Peter Bonnington ou Marcus Dudley avisassem o que estava acontecendo na pista.
Toto Wolff admitiu a falha da equipe, mas deixou claro que não aceitará mais erros desse tipo no seu time de engenharia.