Os comissários de prova têm sido em dos principais alvos de críticas já há alguns anos na Fórmula 1. Mesmo com Michael Masi e Niels Wittich à frente, as coisas não parecem melhorar na área com, muitas das vezes, os profissionais não conseguindo atingir um consenso sobre suas decisões.
No Grande Prêmio de Miami do último domingo (5), mais uma decisão dos comissários causou confusão, movimentando assim a mídia especializada e as redes sociais.
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Lewis Hamilton parecia estar extremamente dedicado a alcançar melhores posições no grid, o que levou Fernando Alonso e Lance Stroll a desviarem para evitar uma colisão. No entanto, uma penalidade contra Hamilton não foi aplicada, o que desapontou Alonso.
Em uma acusação bem grave, o bicampeão mundial alegou então que os comissários optaram por não punir Hamilton por ele “não ser espanhol”.
Ex-comissário da Fórmula 1 não perdoa
Joaquín Verdegay, um ex-comissário de prova da F1, concorda com as críticas feitas aos profissionais atuais da então categoria mais popular do automobilismo mundial, apesar de não ser a favor da acusação de Fernando Alonso.
“Não vejo que haja discriminação contra os espanhóis, o que há é uma falta de controle e uma perda de direção. Isso me preocupa e me deixa triste“; opinou assim o ex-funcionário da F1. “Por exemplo, por que eles pararam de correr na chuva? Sinto que estamos arruinando o esporte. Acho que ninguém gosta de correr agora”; continuou.
Também espanhol, Verdegay seguiu destrinchando o assunto levantado por Fernando Alonso em Miami, demonstrando apoio ao seu conterrâneo, apesar de não acreditar que a nacionalidade do piloto esteja o prejudicando com os fiscais: “É claro que as reclamações de Alonso são legítimas“.
“Eu não teria aplicado uma penalidade a Alonso na China e não teria aplicado uma penalidade a Hamilton em Miami”, revelou Joaquín. “As corridas são mais uma festa do que um espetáculo esportivo, dando a impressão de que o Grande Prêmio de Miami é um ‘happening’ organizado para vender bandejas de nachos“; disparou o ex-comissário.