O ex-gerente de equipe de Fórmula 1 Peter Windsor avaliou a situação complicada em que Charles Leclerc se encontra na Ferrari. Segundo o britânico, há um grande problema na Scuderia: não conseguir trazer bons profissionais.
Na Ferrari, as questões esportivas e organizacionais não estão em ordem. A equipe está competindo por pódios apenas com Leclerc. Algo desapontador para o monegasco, que foi aclamado como o próximo campeão da Ferrari em 2019, quando chegou à equipe. Internamente as coisas também estão muito confusas na equipe, e isso afetaria a forma esportiva, de acordo com Windsor.
Frederic Vasseur está no comando da Scuderia, substituindo Mattia Binotto. Em vez de fortalecer a equipe, parece que a maioria está indo embora. “É um problema exclusivo da Ferrari, realmente, em comparação com as equipes britânicas. É muito difícil conseguir pessoas para trabalhar na Ferrari hoje em dia”, disse Windsor.
“Existem, também, tantas restrições contratuais que impedem as equipes de fazer isso. As equipes são muito protetoras. É muito difícil fazê-los trabalhar para a Ferrari. Acho que ainda há um pouco de nervosismo no mundo da F1 sobre a maneira como a Ferrari demitiu James Allison na época. É algo meio medonho”, acrescentou.
Windsor insinua que, além das dificuldades práticas de conseguir pessoal na Ferrari, também existe um ressentimento entre os funcionários da Fórmula 1 britânica em trabalhar na Scuderia. “Por melhor que Allison seja, a Ferrari o demitiu, isso meio que assustou muitos bons engenheiros ingleses baseados na Grã-Bretanha para não irem para lá”, concluiu.
A Ferrari atualmente se encontra em quarto lugar na tabela de construtores desta temporada, somando 191 pontos. A Red Bull, com 503 pontos, aparece em primeiro, seguida pela Mercedes – 247 pontos – e pela Aston Martin – 196 pontos.
Charles Leclerc é o quinto entre os pilotos, acumulando 99 pontos no total.