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Ex-piloto da Audi critica projeto para F1: “Vão perder o nome”

Campeão das 24 Horas de Le Mans esteve na equipe alemã até abril; para ele, a Fórmula 1 não combina com a marca

Robin Frijns

Reprodução/GPBlog

Robin Frijns dirigiu com sucesso pela Audi em vários campeonatos ao redor do mundo. O ex-vencedor das 24 Horas de Le Mans deixou a equipe alemã no mês passado. Mas, para ele, a decisão da Audi de ingressar na Fórmula 1 pode prejudicar a reputação e o nome no automobilismo.

Em entrevista ao GPblog, o atleta diz duvidar que a Fórmula 1 e a marca Audi sejam uma combinação certa. “Também como eles fazem todo esse plano – eu não concordo com isso. Eu acho que eles vão ter que sofrer quando entrarem na Fórmula 1; eles vão perder o nome. O que eles construíram ao longo de todos esses anos, eles perdem dentro de um ano. Acho que não combina com eles, não. Mas, sim, o novo chefe quer fazer a Fórmula 1”, disse ele.

Apesar das críticas, Frijns não quer holofotes e repercussões. Na verdade, o piloto desaprova ser o centro da mídia. Aliás, foi o vencedor das históricas 24 horas na cidade francesa em 2021, em plena pandemia e com quase ninguém nas bancadas. “Isso foi realmente diferente. Claro, não é que não valha nada. De jeito nenhum. Foi a primeira vez para mim em Le Mans. Então, eu não sabia o que imaginar em Le Mans. É uma corrida separada. Ano passado estava lotado, aí você vê que realmente mora lá”, explicou.

Em muitos outros esportes, vencer um grande evento como Le Mans significa uma indicação para Esportista do Ano. Ou pelo menos a conquista gera muita atenção da mídia. Mas, quando se trata de automobilismo, a Holanda tem mais a ver com Max Verstappen e, em menor grau, com Nyck de Vries. Frijns, portanto, parece ter ainda menos cobertura.

“Isso não depende de mim. Não sou tão voltado para a mídia. Max tem toda uma equipe de mídia atrás dele, Nyck de Vries tem uma equipe inteira. Na verdade, sou um cara bastante normal que, quando não há corrida, apenas gosta de sentar no terraço em Maastricht”, afirmou.

“Para mim, não importa se eu tenho 30 seguidores no Instagram, ou um milhão. Muitas pessoas que não entendem muito do assunto obviamente pensam que, quanto mais seguidores você tiver, melhor você será como motorista. Eu sei sobre mim mesmo o que posso e não posso fazer. É por isso que digo: ‘Não sou pior do que Nyck ou Max”, concluiu Frijns.

Escrito por Arthur Santos Eustachio

Atua como produtor de conteúdo para sites e mídias digitais. Escreve notícias sobre esportes em geral - hoje principalmente na área de automobilismo: Fórmula 1, MotoGP e Nascar. Já trabalhou na 365Scores e como administrador de páginas esportivas.

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