O mundo do automobilismo está de luto. Morreu nesta sexta-feira (23), o ex-piloto Wilson Fittipaldi Júnior. Pioneiro entre os corredores brasileiros e ex-piloto de Fórmula 1, ele teve o falecimento confirmado, aos 80 anos. Irmão do bicampeão Emerson Fittipaldi, Wilsinho, como assim era conhecido, passou mal há pouco menos de dois meses, e desde então, vinha internado.
A figura exponencial do automobilismo brasileiro sofreu uma parada cardiorrespiratória no dia 25 de dezembro, sendo conduzido para a unidade hospitalar da Prevent Senior, no Itaim, em São Paulo. Wilsinho, celebrava o Natal e o seu aniversário na oportunidade, quando acabou se engasgando com um pedaço de carne.
Apesar do socorro imediato, os familiares não conseguiram remover o alimento, e Wilsinho teve um quadro de parada cardiorrespiratória, sendo levado para o hospital na capital paulista. Neste período de internação, o ex-piloto de Fórmula 1 ficou sedado e intubado.
Os médicos responsáveis pelo atendimento realizaram uma tentativa de remoção da sedação para que o ex-piloto pudesse acordar, mas o paciente apresentou espasmos, inviabilizando o protocolo.
Wilsinho foi chefe de escuderia na F1
Referência e inspiração no automobilismo nacional, Wilsinho iniciou sua trajetória na Fórmula Vee, no término da década de 1960. Entre 1972 a 1975, o brasileiro representou o país na Fórmula 1, tendo participado de 38 GPs, mas não conquistou nenhuma vitória na principal categoria.
Anos mais tarde, Wilsinho foi chefe da Copersucar-Fittipaldi, equipe fundada em parceria com o irmão Emerson. A escuderia, por sinal, foi a única do país a participar da F1. O time ficou na categoria até o início da década de 1980.
Além da passagem pela F1, o ex-piloto marcou presença em diversas categorias do automobilismo: Mil Milhas Brasileiras, Stock Car e Fórmula Indy. Na Stock, ele atuou como piloto e coordenador técnico da WB Motorsport.
No ano de 2019, Wilsinho recebeu uma homenagem especial: a restauração do Copersucar-Fittipaldi, único carro brasileiro que esteve em ação na Fórmula 1. O presente emocionou bastante o ex-piloto.
“A sensação de ver este carro novamente é a mesma de quando acompanhamos sua fabricação. Foi uma euforia. Nunca imaginei vê-lo outra vez nessas condições. Está impecável”, disse Wilsinho na oportunidade, em entrevista ao jornal “Estadão”