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F1: abre o olho, Verstappen! Relembre viradas na temporada após as férias de verão

Holandês da Red Bull lidera no ano, mas vê rivais de McLaren e Mercedes em alta

Largada do GP da Bélgica de Fórmula 1 em 2008

Largada do GP da Bélgica de 2008 (Reprodução / Wikipédia)

A bandeira final do GP da Bélgica marcou o início das férias de verão da F1. Os pilotos voltam às pistas somente no último fim de semana do mês, para o GP da Holanda.

Na liderança da temporada, Max Verstappen, da Red Bull, não domina a edição da forma como fez na última. Nos últimos meses, viu McLaren e Mercedes evoluírem, com Lando Norris, Oscar Piastri, George Russell e Lewis Hamilton obtendo vitórias.

Tudo o que o holandês não quer seria uma reviravolta no ano. Caso perca o título, não seria a primeira vez que a F1 tem uma virada depois da pausa de verão. Relembre a seguir grandes guinadas na competição. Vale lembrar que o sistema de pontuação mudou com o passar das décadas.

1964

Ainda nos primórdios da F1, Jim Clark, da Lotus, liderava a temporada e se aproximava do bicampeonato. No entanto, não contava que John Surtees, da Ferrari, que ocupava a 5ª posição e havia terminado somente duas das cinco corridas do calendário, se sagraria campeão ao engatar uma bela arrancada.

1976

Em uma temporada polêmica, Niki Lauda, pela Ferrari, caminhava a passos largos rumo ao segundo título consecutivo. Com 55 pontos, via de longe o vice James Hunt, da McLaren. No entanto, o GP da Alemanha daquele ano mudou sua vida.

Por conta de uma forte chuva, o piloto tentou, sem sucesso, cancelar a corrida antes da largada. Ao se chocar no muro, agonizou por cerca de um minuto em seu carro que pegava fogo. Com diversas queimaduras e tendo inalado muita fumaça, chegou a ficar em coma e afastado por seis semanas antes de retornar às pistas. Foi necessária muita força de vontade para que o período de fora fosse tão curto. Sua ausência abriu margem para que Hunt obtivesse vitórias e encurtasse a distância pela ponta.

A definição do título ficou para a última etapa do calendário. No entanto, um verdadeiro temporal assolou o GP do Japão, fazendo com que Lauda desistisse da prova. Hunt conseguiu terminar na 3ª posição, garantindo o troféu.

1982

Em uma das temporadas mais disputadas da história, 11 pilotos diferente venceram no ano. Nenhum deles conseguiu mais que dois triunfos. Melhor para Keke Rosberg, pai do também ex-campeão de F1 Nico, que faturou seu único título da carreira.

1983

No ano seguinte, Nelson Piquet, da Brabham, faturou seu segundo e único troféu na categoria. Antes da pausa de verão, ocupava o 3º lugar da classificação, com 37 pontos, 14 atrás do líder, Alain Prost, da McLaren. No entanto, o brasileiro terminou o ano com 59 pontos, dois à frente do rival.

2007

Com Lewis Hamilton e Fernando Alonso, então dupla da McLaren, na liderança, Kimi Räikkönen, da Ferrari, despontava na 3ª posição. No entanto, tudo estava em aberto para a última corrida do calendário, em Interlagos.

Companheiro de equipe do finlandês, Felipe Massa largou na pole position. Räikkönen precisava vencer a prova e torcer para uma combinação de resultados, o que aconteceu. No topo do pódio, chegou aos 110 pontos. Alonso, na 3ª colocação, ficou com 109, mesmo número que Hamilton, que terminou em 7º.

2012

Em um flashback de 1982, sete pilotos diferentes venceram as sete primeiras etapas da temporada da F1. Alonso foi à pausa de verão com 164 pontos, 42 à frente de Sebastian Vettel, então campeão pela Red Bull.

No entanto, o alemão engatou quatro vitórias consecutivas e assumiu a liderança. Novamente, a decisão do título ficou para o GP do Brasil. Mesmo com o espanhol terminando a corrida na 3ª posição, encerrou o ano com 278 pontos, três a menos que Vettel, que ficou no 6º lugar na prova.

2018

Agora na Mercedes, Lewis Hamilton defendia o status de campeão e perdia por oito pontos para o alemão da RBR. No entanto, o inglês foi arrasador na segunda parte do calendário da F1: venceu oito das 11 provas restantes na temporada e assegurou o bi, que se tornaria tetra consecutivo.

Escrito por Guilherme Papa

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