O piloto Fernando Alonso explicou como o apoio de pessoas próximas foi um fator importante em sua recente decisão de permanecer na Aston Martin.
Após o anúncio de que assinou uma renovação, o espanhol continuará sua parceria com a equipe na próxima revisão das regras da F1 em 2026. Alonso revelou que sua principal dúvida sobre a assinatura de um novo acordo vinha da preocupação de que sua agenda o impedisse de passar mais tempo com a família.
Assim, o bicampeão mundial divulgou que as conversas com parentes e a promessa de comparecer a mais corridas o tranquilizaram sobre competir na F1. “Sim, quero dizer, nunca terei 100% de certeza. Mas senti que adoro dirigir, que não posso parar no momento. E acho que os sacrifícios que você tem que fazer são menores do que a alegria de dirigir e a paixão que tenho por dirigir”, disse Alonso.
“Então eu respiro a Fórmula 1, vivo a Fórmula 1, treino para estar apto para dirigir carros de Fórmula 1. Eu como para estar em forma para dirigir carros de Fórmula 1. Não chegou o momento que senti que precisava mudar meu estilo de vida. Meu estilo de vida é ótimo e adoro o que faço. Não ficarei feliz sentado em casa assistindo às corridas, porque neste momento sinto que ainda deveria estar lá, porque posso fazer um pouco melhor lá ou posso ir mais rápido nesta ou naquela condição. Esse momento ainda não chegou”, acrescentou.
“Minha maior preocupação, ou o lado ruim de dirigir, é sentir falta da minha família e não ter uma vida normal ou minha própria família naquele momento ou algo assim. Mas nesse sentido eu disse ok, vamos ver ano a ano, mês a mês, conversei com minha família, eles também virão com mais frequência às corridas. Decidimos e planejamos fazer algumas mudanças também nas coisas que sinto falta ou nas coisas que talvez me preocupem em continuar correndo para não sentir falta dessas coisas. Acho que todos chegamos a essa conclusão”, explicou o espanhol.
O último acordo de Alonso garante que ele superará 450 largadas em Grandes Prêmios, ampliando o recorde de todos os tempos que mantém. Também verá Alonso se reunir com a Honda, que ele condenou em público quando chamou seu motor de 2015 de “motor GP2” após seu retorno desastroso com a McLaren.
No entanto, o sucesso da marca japonesa com a Red Bull desde então encorajou o piloto a acreditar que o acordo é o melhor lugar para ele conquistar um terceiro título de F1. Ele classificou sua recente saída no Japão como um fim de semana “top 5” em toda a sua carreira na F1.
Hoje, a Aston Martin ocupa a quinta colocação no Campeonato de Construtores após as quatro primeiras rodadas, com Alonso somando 24 dos 33 pontos da equipe até o momento.