O repórter da Sky Sports F1, Ted Kravitz, revelou após o GP do Japão deste domingo que a FIA está querendo esclarecer uma brecha explorada pela Red Bull envolvendo Sergio Pérez.
O mexicano teve um péssimo domingo em Suzuka, onde ele desistiu duas vezes. Largando da quinta posição, o piloto colidiu com Carlos Sainz na corrida para a Curva 1, o que quebrou a placa final da asa dianteira. A colisão com Sainz o empurrou para Lewis Hamilton, que foi forçado a cair na grama.
Pérez fez uma parada para uma nova asa dianteira. Ao entrar nos boxes, a corrida foi neutralizada atrás do Safety Car. Mas, na saída, Pérez acabou por ultrapassar outros pilotos. Assim, tomou pena de cinco segundos.
Pouco depois de pedir uma nova asa dianteira, ele tentou uma manobra tardia sobre Kevin Magnussen na Curva 11, de modo que o piloto da Red Bull atingiu o piloto da Haas. Isso lhe custou outra pena de cinco segundos. A Red Bull retirou Pérez da corrida momentos depois.
Entretanto, a Red Bull permitiu que o mexicano voltasse à corrida várias voltas depois para que ele pudesse cumprir sua segunda penalidade de tempo, para evitar uma potencial penalidade no grid no próximo Grande Prêmio, o do Qatar. Após isso, a equipe retirou de vez o atleta da corrida.
Foi uma maneira inteligente de contornar as regras; mas Kravitz revelou que a FIA deseja bloquear. “Ele [Pérez] era um DNF, depois não era, então ele era um DNF novamente. Ele cumpriu uma penalidade, mas não todas. A RBR o parou por sete ou oito voltas e então eles perceberam que havia uma lacuna nas regras: ‘Os comissários podem impor uma penalidade de grid na próxima corrida se você não cumprir sua penalidade de cinco segundos por certas infracções’”, explicou ele.
“Posso dizer que a FIA, depois de ver esta lacuna, pretende fechá-la rapidamente para a próxima corrida. Eles não vão deixar a Red Bull escapar impune de burlar as regras. Foi bem inteligente, mas a FIA, pelo jeito, não está muito feliz com isso”, concluiu Kravitz.