Nas movimentações de bastidores, a FIA prometeu evitar qualquer tipo de negociação acerca do limite mínimo de peso na Fórmula 1 nas regras de 2026. O órgão que regulamenta a principal categoria de automobilismo quer evitar que os carros fiquem muito volumosos.
Algumas equipes se queixaram do cenário atual envolvendo o assoalho, com o carro chegando a pesar 798 kg. Este volume representa um aumento significativo se comparado ao ano de 2008, quando os veículos pesavam 585 kg.
Baterias mais pesadas e aparatos para auxiliar na segurança dos pilotos contribuíram de forma significativa para o aumento do peso. No entendimento da FIA, visando 2026, os planos são estipular um limite de peso para um novo ciclo de regras, de modo que as equipes possam cumprir à risca.
Diante do cenário de rodas menores, que será implantado em 2026, de 18 para 16 polegadas, a tendência automática é que o carros tenham um peso inferior. O intuito da FIA é reduzir entre 40 a 50 kg.
Responsável pelo assuntos de monolugares da FIA, Nikolas Tombazis falou abertamente sobre o assunto
“É claro que ainda será um desafio para as equipes atingir esse peso baixo. Eles não terão uma jornada fácil até lá. Mas vamos manter o limite de peso que vamos impor e não voltaremos a inflar para cima. Eles [as equipes] terão apenas que se esforçar mais para reduzir o peso se não conseguirem”, analisou o representante da FIA.
Em meio às discussões sobre o peso dos carros, chegou a ser debatido a possibilidade da eliminação total do limite mínimo, sem o comprometimento da segurança, algo que foi rebatido por Tombazis, que acredita que decisão traria mais problemas do que soluções.
“Isso foi discutido algumas vezes sobre se precisamos do limite de peso. Mas acreditamos que livrar-se dele completamente seria criar uma batalha sem fim para reduzir o peso. Isso pode ter algumas consequências imprevistas. Então o que estamos colocando para 2026 será um limite de peso que depois não vai mudar”, seguiu o chefe de monopostos da FIA.
“As equipes terão que trabalhar até esse limite. E acho que pode haver algumas equipes um pouco acima do peso em 2026”, complementou Tombazis.