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Fora das pistas, McLaren processa Palou e pede indenização milionária

McLaren cobra mais de R$ 100 milhões de Àlex Palou pelo descumprimento do acordo de compromisso na Fórmula 1

Àlex Palou, McLaren

Divulgação/IndyCar

A McLaren promete brigar até as últimas consequências contra Álex Palou. Segundo documentos obtidos e divulgados pela agência de notícias AP, a equipe Woking está processando o piloto espanhol pelo não cumprimento do contrato. Com ação movida na justiça britânica, o time da Fórmula 1 cobra US$ 23 milhões, ou seja, quase R$ 120 milhões do atual campeão da IndyCar.

A busca da McLaren por justiça teve início após Palou afirmar que não iria cumprir o contrato na Fórmula 1 em 2024. O espanhol havia selado um acordo para se tornar membro do programa de desenvolvimento da equipe, com posto de reserva e, possivelmente, titular no futuro. A McLaren, inclusive, já tinha efetuado um dos primeiros pagamentos do contrato ao piloto.

Na cobrança feita pela McLaren, entram patrocínios, o uso do piloto como reserva, o desenvolvimento do espanhol e US$ 400 mil em salários adiantados. O investimento na briga legal com a Chip Ganassi em 2022, entretanto, não está na conta. 

Vale lembrar que a batalha envolvendo McLaren, Àlex Palou e Ganassi começou em 2022, quando as equipes entraram em acordo pelo piloto. O acerto previa a participação do espanhol na temporada da Indy pela Ganassi, mas com ele ainda vinculado a escuderia de Working para compromissos na F1.  

Palou chegou a participar de treino livre com a McLaren no GP dos EUA em 2022, além de ter sido reserva na corrida de Miami.

“Pagamos a ele um significativo primeiro salário antes de sua temporada em 2024, além dos milhões de dólares direcionados a desenvolvê-lo em nosso programa de testes da Fórmula 1 e em seu papel de piloto reserva, com uma possibilidade de pilotar na F1 no futuro”, afirmou Zak Brown, CEO da McLaren, ao falar sobre o novo imbróglio.

Àlex Palou explica desistência da McLaren:

Em uma entrevista ao jornal espanhol Marca no início de setembro, Àlex Palou falou sobre a decisão de seguir competindo na IndyCar. O piloto afirmou ter levado em consideração a falta de oportunidades, já que a dupla titular da McLaren atualmente é formada por Lando Norris e Oscar Piastri.

“Já falei que tudo será dito quando puder. Mas sim, estou muito feliz aqui. Há coisas fora dos trilhos que precisam ser corrigidas antes de qualquer coisa. Quando chegar a hora, farei isso. Mas está claro o que Chip [Ganassi] disse”, afirmou Àlex Palou..

“A porta [da Fórmula 1] nunca está completamente fechada, obviamente, mas ao mesmo tempo e estou envelhecendo. E se depois de 2021 e deste 2023, não houver uma oportunidade real e boa, será difícil que uma porta se abra, porque será difícil repetir isso. Nem queria ficar esperando a porta se abrir e deixar de lado o que eu realmente posso fazer bem, que é a Indy. Estou feliz onde estou. Se surgir uma boa oportunidade, aproveitaríamos, mas não estou ansioso pela F1. A posição que tenho é muito privilegiada e em uma das melhores equipes. Com tudo o que preciso para brigar por corridas e campeonatos. E seria difícil deixá-lo. Mais do que isso, é porque não havia oportunidades reais na F1. Isso não explica tudo. Mas é claro que também ajuda ter o melhor carro da Indy [Ganassi]”, completou o espanhol.

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Escrito por Danielle Barbosa

Jornalista.

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