Depois de um trabalho feito por especialistas da FIA nas últimas semanas, o órgão desenvolveu um novo software para a Fórmula 1. Assim, o sistema acionará as luzes vermelhas de chuva traseiras quando forem necessárias, ou seja, quando estiver chovendo.
Além disso, tudo indica que o software será capaz de considerar se as condições da pista são oficialmente de “baixa aderência”. Dessa forma, ele garantirá que as luzes de chuva dos carros se acendam.
No momento, os pilotos precisam ligar de modo manual as luzes de chuva. Inclusive, isso indica que em algumas ocasiões existe o risco deles “esquecerem” dela ou até ligam, mas com atraso.
Em notas feitas por Niels Wittich, diretor de corrida da Fórmula 1, nesta quinta-feira (23), as equipes receberam o aviso dos testes. Desse modo, eles devem ocorrer após a sessão de treinos livres na sexta-feira (24).
“Depois que todos os carros receberem a bandeira quadriculada, um setor amarelo duplo e de baixa aderência devem aparecer. Após aproximadamente 20 segundos, a baixa aderência não estará mais lá. Outros 10 segundos depois, o VSC começará. Após aproximadamente 20 segundos, o VSC será desabilitado”, disse Wittich.
Por fim, esse pequeno teste deve ser mais do que o suficiente para a FIA avaliar se as alterações de software vão funcionar. Caso tudo de certo, as mudanças provavelmente poderão aparecer na próxima temporada.
FIA tenta melhorar corridas em condições de chuva na Fórmula 1
O teste faz parte do esforço da FIA de tentar aumentar a visibilidade dos pilotos em condições de chuva. Por outro lado, as equipes da categoria têm procurado resolver os respingos expelidos pelos atuais carros, mas ainda sem sucesso.
A FIA até tentou testar arcos das rodas diferentes no início da atual temporada com o objetivo de reduzir a pulverização. No entanto, este primeiro projeto não se mostrou o suficiente para reduzir os problemas.
No início do ano, Robert Reid, vice-presidente esportivo da FIA, falou sobre esses problemas.
“Há um desafio com a nova aerodinâmica na F1, e é algo que estamos tentando resolver lá. Qualquer coisa que pudermos fazer para reduzir a pulverização e aumentar a visibilidade será algo em que definitivamente estamos trabalhando”, falou Reid.
“Não há nenhuma solução específica no momento. Mas, como você viu na Fórmula 1, houve o primeiro passo de aprendizado em direção a algumas soluções. Sei que houve algumas críticas e li que foi um fracasso, mas em qualquer uma dessas situações é preciso tentar coisas. E foi exatamente isso que fizemos”, finalizou o vice-presidente.
