O chefe da Ferrari, o francês Frédéric Vasseur, afirmou que os novos regulamentos estão chegando ao seu terceiro ano e os times estão se aproximando de um ponto além do qual não será mais possível aumentar a performance dos carros.
Vasseur se preocupa com as mudanças que virão em 2026 e que vão afetar a questão aerodinâmica dos veículos. Tais modificações devem ser, de acordo com o chefe da Ferrari, as mais profundas da história recente da Fórmula 1.
Nos últimos meses, a Ferrari vem lutando contra um problema que faz seus carros, os SF-24, quicarem em “curvas com as zebras altas”, como já afirmou o próprio Vasseur.
Isso, de acordo com Charles Leclerc, um dos pilotos da equipe, não permitiu que a Ferrari se aproximasse dos carros da McLaren, Mercedes e, principalmente, Red Bull.
Em entrevista concedida antes do início das férias de verão, Frédéric Vasseur disse: “estamos trabalhando para criar peças e vocês sabem que a correlação entre o que estamos fazendo na fábrica e a pista para os saltos tecnológicos não é fácil. Não foi fácil para a Mercedes, não foi fácil para nós, não será fácil para outras equipes”.
Vasseur é muito crítico das mudanças nos regulamentos porque, para ele, tais mudanças tornam praticamente impossível resolver questões técnicas como o quicar dos carros e o superaquecimento dos pneus, principalmente os traseiros.
O francês disse “estamos no limite do desenvolvimento”. Para ele, “não é apenas uma questão de desempenho, mas é principalmente uma questão de confiança dos pilotos em relação às dificuldades geradas pela downforce“. Para o chefe da Ferrari, não superar essa dificuldade técnica completamente, diminui a “confiança dos pilotos”.
Vasseur e outros dirigentes da Fórmula 1 acredita que com regras mais duras fica mais difícil superar esses tipos de problemas técnicos, o que, por sua pode prejudicar a qualidade das corridas. Porém, não é isso que estamos vendo. As últimas corridas, com o crescimento da McLaren e da Mercedes, trouxeram, na verdade, mais competitividade para as pistas.
O chefe da Ferrari gostaria que a FIA fosse mais flexível em alguns regulamentos. No entanto, pelas declarações dos dirigentes da entidade, nada indica que a categoria vai ter algum tipo de liberalização das novas regras.