Em um vídeo que viralizou no YouTube, George Russell, o piloto da equipe Mercedes F1, responde às perguntas de fãs sobre como é dirigir um carro da principal categoria do automobilismo mundial.
No início do vídeo, Russell explica que em um carro de Fórmula 1 os pés do piloto ficam acima do bumbum. Por essa razão, os pés ficam muito suados e acabam, segundo ele, como se a “pessoa tivesse ficado dentro de uma banheira por uma hora e 30 minutos”. Os pés dos pilotos, portanto, ficam com a pele parecida com as das pessoas que passam muito tempo dentro da água.
Nesse caso, de acordo com o britânico, a diferença é o cheiro. Em razão do suor, o piloto afirmou que o resultado não é muito bom. “Não é algo legal de se olhar” (e de sentir o cheiro), disse Russell.
O britânico também explicou como a Força G age nos corpos dos pilotos. Segundo ele, é como se você estivesse acelerando seu carro e, de repente, pisasse com tudo no freio.
Como o corpo está preso pelo cinto de segurança, o impacto maior é no pescoço e na cabeça, que estão soltos. Para dar um exemplo, ele disse que quando um carro de Fórmula faz uma curva é como se “sua cabeça quisesse sair voando” na direção da reta anterior.
Por essa razão, os pilotos fazem muitos exercícios voltados para o fortalecimento do pescoço. Russell diz que faz levantamentos de peso para deixar o pescoço mais forte.
Segundo o britânico, a repetição mais pesada que ele é capaz de fazer equivale a levantar 55 quilos presos à cabeça em um exercício especial para pilotos.
O piloto da Mercedes também disse que é capaz de suportar cerca de 35 quilos apenas com a força do pescoço por aproximadamente três minutos em razão dos exercícios de resistência que faz.
No vídeo, o piloto brinca que por ter uma cabeça grande seu pescoço não parece tão forte. Porém, em pilotos como Daniel Ricciardo, o qual, segundo Russell, tem uma “cabeça de amendoim”, o pescoço musculoso fica mais evidente.
O britânico também explica no vídeo termos como oversteer e understeer. De acordo com ele, o primeiro é quando a parte traseira do carro derrapa; e a segunda, quando a parte da frente desliza.
Russell também explicou que apenas algumas conversas no rádio são transmitidas para o público. Portanto, quando algum piloto aparece na televisão reclamando com sua equipe pelo rádio, aquilo seria, segundo Russell, apenas uma pequena parte de toda a discussão.
O britânico afirmou ainda que tenta piscar o mínimo possível em cada volta. Porém, como os olhos ficam muito secos por isso, ele procura piscar nas retas. Russell falou que pisca apenas três vezes em cada volta.
Todo esse esforço ocorre em razão do nível absurdo de concentração que é preciso ter para pilotar um carro de Fórmula 1. Em provas de circuitos rápidos, onde a média de velocidade das voltas supera os 200 quilômetros por hora, não é possível sequer piscar demais.
Ao falar sobre a asa traseira. O piloto explicou que ela funciona como se fosse um paraquedas amarrado ao carro. Quando a asa traseira é aberta, isso significa que o carro não tem mais o paraquedas o segurando e pode, portanto, correr mais rápido.
O piloto da Mercedes também explicou como mata a sede durante as corridas. Há, conforme falou Russell, um cano que fica do lado direito do capacete onde é possível beber durante as provas. A bebida fica atrás do banco.
George Russel não responde última questão
Ao ser questionado como ela faz quando quer fazer xixi durante as provas, Russell disse que “deixava isso para a imaginação” dos fãs. O britânico disse também que quando está nas pistas competindo, não consegue pensar em mais nada. Porém, o piloto da Mercedes afirmou que “deve ser muito difícil fazer xixi nas calças quando se está correndo a mais de 300 quilômetros por hora… mas eu não sei… essa vocês vão ter de perguntar para outro piloto”.