Os novos 75% dos donos do circuito de Hockenheim dizem que estão procedendo com “grande cautela” na tentativa de reviver o GP da Alemanha na Fórmula 1.
Em abril, o grupo de investimentos Emodrom revelou que “cinco empresas de médio porte” compraram a maior parte do histórico circuito da categoria por EUR 5,5 milhões, também as tornando responsáveis por cerca de 20 milhões de euros em dívidas. O jornal Die Welt agora diz que o conselho local finalmente aprovou o acordo.
“É claro que também estamos pensando na Fórmula 1. Não embarcaremos em nenhuma aventura financeira, mas também tentaremos encontrar modelos de como podemos trazer o campeonato volta à Alemanha”, disse o diretor administrativo do Emodrom Group, Tim Brauer..
O último grande prêmio de Hockenheim foi realizado em 2019, e o CEO da F1, Stefano Domenicali, disse várias vezes desde então que o esporte está ansioso para retornar.
“Nós nunca rompemos contato e conversas com a categoria, mas estamos levando as coisas devagar e a sério. Temos que ter certeza de que não teremos déficit. É por isso que estamos inicialmente nos concentrando em outros projetos. Estamos pensando em ciclos de 20 a 25 anos, não no curto prazo”, explicou o chefe de Hockenheim, Jorn Teske.
Conquistar Domenicali e o proprietário da Fórmula 1, Liberty Media quase certamente exigiria investimento para atualizar drasticamente as instalações de Hockenheim.
“Já entrei em contato com os novos investidores. Seria ótimo se pudéssemos realizar uma corrida de Fórmula 1 lá novamente na Alemanha. Mas a Fórmula 1 hoje exige critérios adicionais, não apenas uma pista de corrida decente. Em vez de 2.000, agora você precisa de pelo menos 4.000 a 5.000 assentos VIP, fan zones, espaço para shows, tendas, cozinhas e assim por diante”, revelou Hermann Tilke, o mais conhecido designer de circuitos de F1.
Além disos, ele estima que uma nova construção de boxes sozinha poderia custar à pista 50 milhões de euros. “Haveria espaço suficiente para isso, e a pista em si é absolutamente adequada para a competição”, concluiu.