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Haas: uma nova escuderia na Fórmula 1 e sua origem na Nascar

Haas vivenciou o seu melhor ano na categoria em 2018 e agora com novidades tenta repetir o desempenho do passado

Haas no GP de Las Vegas na Fórmula 1

Carro da Haas no GP de Las Vegas na Fórmula 1. (Crédito: Divulgação / MoneyGram Haas F1 Team)

Prestes a completar a sua primeira década de trabalhos na Fórmula 1, a Haas busca se destacar entre as gigantes da principal categoria ano após ano. Tendo oscilado nas últimas temporadas, o time encontra dificuldades para rivalizar ao menos com as concorrentes de uma segunda prateleira. Depois de um 2023 complicado, tendo terminado o Mundial de Construtores na lanterna, a escuderia norte-americana mira em uma remontada expressiva.

Caçula na Fórmula 1, a Haas surgiu em 2016, sendo a primeira escuderia dos Estados Unidos a figurar na F1 desde 1986. Oficialmente, a história da Haas na principal categoria do automobilismo começa em 2014, por meio da compra dos ativos da extinta Marussia. O debute, só veio dois anos mais tarde.

Desde o seu ingresso da F1, a Haas tenta ser uma equipe responsável por inovações, buscando parcerias ousadas e um desenvolvimento de um carro mais agressivo, com estratégias arrojadas nas pistas.

Haas e a ligação direta com a Nascar

Localizada na cidade de Kannapolis, na Carolina do Norte, a Haas fica ao lado da central de operações de Stewart-Haas Racing, a equipe de Nascar, que possui o mesmo dono: Gene Haas, responsável por fundar a “Haas Automation”, a maior fábrica de máquinas CNC da América do Norte.

Tendo iniciado a trajetória com apenas três funcionários, o empresário norte-americano criou um império, e ostenta vasta experiência. No ano de 2002, Gene Montou a Haas CNC Racing para competir na Sprint Cup, principal categoria da Nascar. Seis anos mais tarde, a Haas uniu forças com o piloto Tony Stewart. Nascia a Stewart-Haas, time responsável por faturar três títulos na categoria.

Utilizando a experiência de outras categorias, e profissionais de confiança, como Guenther Steiner, desligado da equipe no fim do ano passado, Gene Haas resolveu ingressar na Fórmula 1.

O desempenho do time norte-americano

Cercada de grande expectativa pela proposta arrojada, a Haas causou “frisson” em sua primeira temporada de Fórmula 1, após faturar um sexto lugar com Romain Grosjean, no GP da Austrália. O time norte-americano, na oportunidade, alcançava uma marca que não se via na Fórmula 1 desde 2002. Ou seja, o feito de um time estreante pontuar no grid.

Na prova seguinte, o desempenho de Grosjean foi ainda melhor: um P5. Estes dois resultados positivos levaram a Haas à oitava colocação no Mundial de Construtores, e ajudaram Grosjean ser o 16º colocado no Mundial de Pilotos.

Os melhores índices do time na F1 até os dias atuais foram registrados no ano de 2018. Naquela oportunidade, Kevin Magnussen obteve um quarto e um quinto lugar, se colocando como nono colocado na disputa entre pilotos. Grosjean, por sua vez, segue manteve no “bolo”, somando pontos importantes para a escuderia. No final da disputa, o time norte-americano fechou na 5ª colocação entre os Construtores.

Os anos seguintes viriam ser de dificuldades na Haas, que passou a figurar nas últimas posições do grid. Na temporada passada, a escuderia promoveu reformulação no grid. Para repetir os feitos do passado, Kevin Magnussen foi recontratado, tendo agora Nico Hulkenberg como companheiro. O desempenho, no entanto, esteve longe de empolgar. Afinal, foram apenas 12 pontos somados, pior rendimento entre os 10 times.

Visando 2024, a dupla foi mantida. O entendimento da diretoria é que a experiência dos dois pilotos, somada às evoluções que o carro contemplará com as atualizações, sejam combustíveis para um desempenho mais satisfatório e de surpresa para os concorrentes.

A apresentação do novo carro da Haas será nesta sexta-feira (02). Última equipe a divulgação a data de lançamento do novo layout do veículo, ela será responsável por abrir a divulgação das novidades para a temporada. O calendário da F1 será iniciado oficialmente a partir do GP do Bahrein, cuja movimentações ocorrem entre os dias 29 de fevereiro a 2 de março.

Para a vaga do experiente Guenther Steiner, que se queixou de ter sido demitido sem poder se despedir do time, Ayao Komatsu foi contratado para a função de chefe da Haas. O profissional japonês já deixou claro que admira o legado de Steiner, mas não vai “emular” o perfil do antigo “manda chuva” na escuderia estadunidense.

“Não estou tentando ser Gunther Steiner. Ele é uma pessoa muito diferente. Não estou aqui para substituir o personagem de Steiner. Ele tem pontos fortes e fracos diferentes dos meus, então não vou tentar ser outra pessoa”, disse Komatsu, em sua apresentação.

“Gene [Haas, dono da equipe] sabe disso, e se Gene queria que o substituto de Steiner fosse dessa forma, ele teria contratado outra pessoa. Entendo que Gene queria algo diferente, então vou tentar ser a melhor versão de mim mesmo em vez de ser outro”, complementou o novo chefe da Haas.

Escrito por Cido Vieira

Jornalista graduado no Centro Universitário Uninter. Trabalha no Torcedores.com desde 2017, desempenhando a função de redator. Setorista do futebol pernambucano em rádios locais e um verdadeiro apaixonado pelo futebol e o automobilismo

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