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Hamilton comenta entrada de nova equipe na Fórmula 1: “Oportunidade para uma piloto mulher”

Lewis Hamilton afirmou que sempre achou que não havia carros suficientes no grid ao avaliar a possível entrada de uma nova equipe na Fórmula 1

Lewis Hamilton, Fórmula 1

Lewis Hamilton (Reprodução / X - Mercedes

A Andretti-Cadillac está muito perto de ser confirmada como nova equipe no grid da Fórmula 1 a partir de 2026. A FIA (Federação Internacional de Automobilismo), por exemplo, já aprovou no início desta semana a entrada da equipe americana na categoria. E embora a decisão pela entrada de novas equipes da F1 não seja unânime nos bastidores, Lewis Hamilton está otimista.

Às vésperas do GP do Catar, Hamilton e Verstappen conversaram com a imprensa e foram questionados sobre o tema. Ao site Racer.com, o piloto britânico da Mercedes afirmou achar ‘ótimo’ a entrada de uma nova equipe no grid da Fórmula 1. O heptacampeão destacou a possibilidade da decisão abrir chance para uma piloto mulher.

“Sim, acho que é ótimo. Sempre achei que não havia carros suficientes no grid. Embora existam pessoas que não ficarão felizes com o meu apoio, acho que é ótimo. É uma oportunidade para mais empregos, são mais duas vagas disponíveis para uma piloto mulher. Isso abre mais possibilidades, e acho que seria mais emocionante para a corrida”, disse Hamilton.

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Perto do tricampeonato mundial da F1, Verstappen foi mais comedido ao opinar sobre o tema. O holandês, entretanto, destacou que uma 11ª equipe no grid pode ser bom.

“É sempre muito difícil comentar sobre isso porque falo do lado do piloto, mas é claro que não sou dono de equipe, então posso entender o lado deles. Tudo o que vi até agora, além dos parceiros que eles têm e do nome, mostrou que eles são uma equipe profissional. Então seria bom, porque isso dá mais oportunidades para o lado do piloto. Mas eu entendo que a equipe não queira isso”, disse Verstappen.

Nova equipe na Fórmula 1 gera incômodo:

Ao contrário de Hamilton e Verstappen, a possível entrada de uma nova equipe no grid da Fórmula 1 ainda é motivo de discussão. Em janeiro, por exemplo, Christian Horner, chefe da Red Bull, falou sobre a resistência com a decisão.

Andretti é uma grande marca, uma grande equipe. Mario (Andretti), o que fez na Fórmula 1 – como estadunidense também – é fantástico. Obviamente, a GM com a Cadillac também seriam duas marcas incríveis para se ter no esporte. Mas acontece com todas essas coisas, no fim das contas tudo se resume a: ‘Bem, quem vai pagar por isso?’ E pode-se supor que as equipes, se perceberem que são elas que estão pagando ou diluindo sua renda – com toda certeza não vão aceitar muito bem”, disse Horner ao site Racer.com.

“Tudo se reduz ao dinheiro e acredito que haveria um ponto de ruptura. Se o fundo de premiação das equipes fosse compensado até um valor em que elas não perdessem materialmente, então é claro que é, qual é esse valor? E então seria proibitivamente caro para um novo participante? Nestes 18 anos que estou participando (como chefe da Red Bull) vi algumas equipes ir e vir e acredito que é a primeira vez nos últimos dois anos que as dez equipes apresentam uma base financeira sólida. Normalmente, há um ou dois que ficam a base da falência. Acredito que os dez times estão bem e isso se deve em parte à popularidade do esporte, mas também ao limite orçamentário e ao fato de que só existem apenas dez franquias. Creio que a Fórmula 1 será muito consciente de diluir isso se for problema mais adiante”, acrescentou.

Escrito por Danielle Barbosa

Jornalista.

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