Lewis Hamilton iniciou a temporada da Fórmula 1 com o futuro incerto, afinal, seu contrato com a Mercedes se encerrava em dezembro. Após longas negociações, a equipe de Brackley anunciou a renovação do vínculo do heptacampeão até o fim de 2025. Com o novo contrato, a expectativa é ver o britânico competindo na principal categoria do automobilismo até os 40 anos.
Em uma recente entrevista à BBC, entretanto, Hamilton revelou ter tido dúvidas sobre seu futuro na Fórmula 1. O heptacampeão afirmou ter levado em consideração, por exemplo, que tinha só tinha a perder.
“O que você tem que aprender é que nunca se deve dizer nunca. Mas, naquele momento, eu definitivamente não achava que continuaria. São temporadas muito longas. É muito tempo longe de todo mundo. Estou fazendo isso há 16 anos. É cansativo. Se eu ganho uma corrida, dizem: ‘Ah, você tem 103 vitórias’. Se eu não for bem, sou criticado. A essa altura da vida, só posso perder. Então, com certeza, houve um período em que eu estava questionando se queria passar por isso”, disse Hamilton.
“Eu ainda adoro pilotar. Ainda adoro entrar no carro. Quando eles ligam o carro e você tem todas aquelas pessoas ao seu redor, a equipe, você vai para o pit lane, eu ainda fico com esse sorriso no rosto, assim como no primeiro dia em que pilotei”, acrescentou.
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Terceiro colocado na temporada de 2023 da Fórmula 1, Hamilton sabe que precisará melhorar muito para ter um ano melhor na categoria. A missão é encerrar o jejum de duas temporadas consecutivas sem vitórias. E o piloto destaca que há áreas em que a Mercedes precisa melhorar para 2024.
“A qualificação ainda é uma área que precisa ser melhorada. Como equipe, temos dificuldade em obter o desempenho desses pneus e você notará que houve um fim de semana em que George estava muito mal e eu estava bem, e depois mudou para o outro lado. E isso se deve a pequenos detalhes do carro”, completou.
Hamilton admite dúvidas durante a temporada:
Durante a difícil temporada da Mercedes, Hamilton chegou a duvidar de si mesmo em alguns momentos. O vetereno fez inúmeras críticas ao carro durante o ano, mas admite que também se culpou pelos problemas da equipe.
“No final das contas, quando você tem temporadas difíceis como essa, sempre haverá momentos em que você pensa: ‘Sou eu ou é o carro? Você ainda tem o carro? Ele se foi?’ Porque você está sentindo falta daquilo, sabe… quando a mágica acontece, quando tudo se junta, o carro e você, e aquela faísca, é extraordinário. E é isso que você está procurando. Sou apenas um ser humano. Se alguém no mundo disser a você que não tem essas coisas, está em negação. Todos nós somos seres humanos”, disse.
Hamilton já havia afirmado estar preparado para uma temporada complicada desde os primeiros testes que fez com o W14. O britânico diz que solicitou mudanças, mas a Mercedes não lhe deu ouvidos.
“Eu me lembro de sentir exatamente a mesma coisa. E definitivamente não foi uma sensação muito boa. Eu realmente tinha grandes esperanças”. Tenho certeza de que houve frustrações, porque eu havia pedido certas mudanças, e elas não foram feitas”, contou.
“Ninguém sabia exatamente qual era o problema. Ninguém sabia como resolver. Com a experiência do ano anterior, eu simplesmente me apliquei, em termos de aprofundamento, sentando com os caras. Estávamos tendo reuniões muito melhores. Consegui me manter muito mais positivo durante o ano e pensar: ‘Vai ser uma longa temporada, mas não vamos desistir’. Vamos continuar nos esforçando para tirar o máximo do carro, seja lá o que for”, completou.
