Na temporada passada, o GP da Grã-Bretanha sofreu invasões dos manifestantes do Just Stop Oil. Assim, na ocasião, os protestantes invadiram o circuito durante a primeira volta da prova, que já estava parada devido a um acidente na curva inicial. Desse modo, Lewis Hamilton, heptacampeão mundial, acredita que devem haver mais protestos no próximo fim de semana.
Diferentemente da maioria dos pilotos, o britânico defendeu os protestos pacíficos no próximo Grande Prêmio da Grã-Bretanha. No entanto, ele ainda se juntou aos seus colegas e pediu para os ativistas não invadirem a pista.
“Esperamos ter aprendido muito com a experiência do ano passado, e isso não acontecerá neste fim de semana. Acredito que temos mais de 100 fiscais, que estão aqui para apoiar e garantir que isso não aconteça também. Do meu ponto de vista e do meu time, estamos muito focados na sustentabilidade, acreditamos no que as pessoas estão lutando e estamos fazendo essas mudanças como esporte. Mas a segurança é fundamental. Não queremos ser colocados em perigo e não queremos colocar ninguém em perigo”, disse Lewis Hamilton.
Recentemente, houve vários protestos do Just Stop Oil em outros eventos esportivos no Reino Unido. Dessa forma, ocorreu uma invasão no campo de críquete Ashes Series e outra em Wimbledon. Assim, existe a preocupação de uma possível manifestação no Grande Prêmio de F1.
De qualquer forma, a polícia local de Northamptonshire tem aumentado a segurança do evento com policiais à paisana, equipes de busca, oficiais armados e tecnologia de reconhecimento facial ao vivo em todo o circuito.
“A tecnologia funciona escaneando rostos com uma câmera para comparar a biometria com aqueles mantidos em uma lista de observação. Esta lista é gerada pela polícia e se concentra naqueles que representam o maior risco de perigo para o público”, disse um comunicado da polícia.
Outros pilotos opinam sobre o GP da Grã-Bretanha e as possíveis manifestações
O piloto da Williams, Alex Albon, acredita que a probabilidade de um protesto significa que os pilotos da Fórmula 1 devem se preparar para o pior no próximo fim de semana.
“Há possivelmente uma grande chance de algo acontecer neste fim de semana. No esporte que praticamos isso é uma preocupação. Invasão de campo é uma coisa, mas com carros? É perigoso. Temos que estar preparados para isso”, disse Albon.
Por outro lado, o companheiro de Lewis Hamilton na Mercedes, George Russel, que também é diretor da Associação de Pilotos de Grande Prêmio, acha que as preocupações de segurança adicionais devem fazer uma boa diferença.
“Colocamos nossa confiança na F1, na FIA e em Silverstone, os fiscais, para impedir que as pessoas corram para a pista. Sinto que estamos todos abertos e livres para expressar nossas opiniões e fazê-lo na pista é irresponsável e perigoso para os manifestantes, mas também para os pilotos. Também encorajo esses manifestantes a olhar para o bem que a F1 está fazendo de uma perspectiva de sustentabilidade. Vamos usar combustíveis 100% sustentáveis no futuro”, afirmou o piloto da Mercedes.
“Fizemos um grande esforço na frente da sustentabilidade e acho que seria justo para eles dar uma olhada no que estamos fazendo e até mesmo ter conversas abertas conosco antes de correr imprudentemente para um circuito quando estamos passando por eles a 200 km/h”, concluiu o companheiro de Lewis Hamilton.
