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Marta Garcia descarta categoria feminina e almeja uma vaga na Fórmula 1

Automobilista espanhola á atual líder da F1 Academy, campeonato feito para mulheres conseguirem chegar à Fórmula 1

Marta Garcia

Reprodução/Twitter @martaracing

Desde a criação do mundial de Fórmula 1, em 1950, somente cinco mulheres conseguiram disputar algum Grande Prêmio. Infelizmente, nenhuma delas obteve poles position, pódios, vitórias ou títulos e apenas uma, Lella Lombardi, conseguiu pontuar. No entanto, essa história pode mudar com a piloto Marta Garcia.

A espanhola é atual líder da F1 Academy, competição feminina organizada pela Fórmula 1 para formar pilotos. Segundo Stefano Domenicali, presidente do Formula One Group, o objetivo é que em dois ou três anos existam várias mulheres na Fórmula 3 e algumas na Fórmula 2. Por fim, cedo ou mais tarde, espera-se que elas alcancem o topo na F1.

Vale observar que nas últimas temporadas tivemos a presença de algumas mulheres entre os pilotos de teste, como é o caso de María de Villota ou Carmen Jordà. Apesar disso, existe a possibilidade de ser criada uma Fórmula 1 feminina, ou seja, um evento só para mulheres, semelhante ao que a MotoGP está preparando para 2024. Contudo, Marta Garcia prefere competir na atual F1 e não em uma categoria à parte.

“Sendo quem sou, adoraria ser a única garota na Fórmula 1, embora saiba que é muito difícil. Vou precisar de muita preparação, muito apoio financeiro e, no final das contas, muito talento. Não sei se algum dia serei tão boa. Cada salto de categoria custa e você tem que ser muito rápido. Eu também não desgostaria de uma categoria feminina, sério, mas cresci assistindo a Fórmula 1 e estar lá… uau!”, comentou a espanhola.

Marta Garcia quase desistiu do seu sonho

Após um 2018 em branco, a jovem quase se aposentou, desistindo de seguir os passos de Alonso e Hamilton, seus dois ídolos. Assim, Garcia recebeu um convite da Série W, antecessora da atual F1 Academy. O convite salvou sua carreira, já que em sua primeira prova obteve um pódio. No final da competição, a espanhola ficou com o quarto lugar.

“A W Series me ajudou porque eu não tinha time e tive a oportunidade de voltar, de disputar três temporadas, mas também ninguém me ensinou. Posso dizer que é agora, que é este ano, quando começo a entender como se dirige um carro”, salientou Marta Garcia, que nesta temporada acumula três vitórias e três pódios em nove corridas.

Por fim, a F1 Academy está gravando um documentário em forma de ‘Drive to Survive’, mesmo não sendo transmitida ao vivo. Além disso, espera-se que no ano que vem o evento ganhe transmissões, já que acontecerá nos mesmos circuitos e mesmos dias que a Fórmula 1.

“Espero que todo o projeto F1 Academy cresça e ajude a tornar visível que o motor é também para as mulheres. Não sei se alguma de nós chegará à Fórmula 1, mas pelo menos abriremos o caminho”, conclui Garcia.

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