Atual bicampeão da Fórmula 1 e líder absoluto da temporada atual, o holandês Max Verstappen admitiu em entrevista à RacingNews365 que não está animado com as possíveis mudanças na categoria que devem ocorrer a partir de 2026. Uma das principais modificações será a dependência maior da energia da bateria, o que gerou preocupação em Max.
Para o holandês, os carros podem se tornar “terríveis de pilotar” com as mudanças, já que será uma divisão igual entre motor de combustão e produção de energia.
“Tenho conversado sobre isso com a equipe e já vi os dados no simulador. Para mim, parece muito terrível. Se você for direto na reta em Monza, quatrocentos ou quinhentos metros antes do final, terá que reduzir a marcha porque é mais rápido. Acho que não é o caminho a seguir”, criticou Verstappen, que seguiu.
“O problema é que parece que vai ser uma competição ICE, como quem tiver o motor mais forte terá um grande benefício. Mas não acho que essa deva ser a intenção da Fórmula 1, porque então você começará uma guerra de desenvolvimento massiva novamente e ficará muito caro encontrar alguns cavalos de potência aqui e ali. Acho que na verdade deveria ser o oposto. Além disso, os carros provavelmente têm muito menos arrasto, então será ainda mais difícil ultrapassar na reta.”
Mudança no cockpit também não agrada Verstappen
Um maior grau de automação dentro do cockpit também é uma das mudanças previstas, o que é mais um ponto renegado pelo atual campeão da Fórmula 1. Segundo ele, um sistema vai controlar a aerodinâmica, não mais o piloto.
“E então você tem a aerodinâmica ativa, que você não pode controlar, o sistema irá controlá-la para você, o que torna muito difícil dirigir, porque eu prefiro controlar sozinho. Quando você está atrás de alguém, talvez precise de mais frente ou mais atrás , esse tipo de coisa”, disse Verstappen, que seguiu.
“Se o sistema começar a controlar isso para você, não acho que seja o caminho certo a seguir. Além disso, o peso está subindo novamente, então temos que olhar seriamente para isso porque 2026 não está tão longe. No momento, para mim, parece muito ruim com todos os números e com o que já vejo nos dados, então não é algo que me deixe muito animado no momento.”