Adrian Newey não é piloto de Fórmula 1, mas é um dos principais nomes da categoria. O britânico é o atual projetista da Red Bull, além de ser o responsável por diversos outros carros vencedores na categoria máxima do automobilismo desde a década de 1990. Só pelos taurinos, Newey conquistou seis títulos, mas a lista ainda conta com carros vencedores da Williams e da McLaren.
E contando com toda experiência na Fórmula 1, Adrian Newey foi perguntado sobre quais pilotos do grid atual gostaria de ver trabalhando como companheiros. Mais do que isso, tendo a oportunidade de competir entre si com carros idênticos. O engenheiro britânico não exitou.
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“Seria interessante uma dupla com um número um veterano e um mais jovem. Por exemplo, Fernando [Alonso] é um dos competidores mais formidáveis da história. Mas talvez seja famoso por não se dar muito bem com seus companheiros, digamos assim”, explica Newey ao ‘Beyond The Grid’, o podcast oficial da F1..
“Max Verstappen contra Fernando, ou Lewis [Hamilton] contra Fernando novamente… Seria interessante ver Fernando, com toda a experiência que ele tem agora, se seria diferente do piloto que era em 2007 com a McLaren. Dá a sensação de ter suavizado essa posição”, acrescentou.
Adrian Newey revela arrependimentos na carreira:
No mesmo episódio do podcast ‘Beyond The Grid’, Adrian Newey revelou quais são seis maiores arrependimentos na carreira. No topo da lista, o engenheiro coloca o fato de nunca ter trabalhado com a Ferrari. Nunca ter trabalhado com Lewis Hamilton e Fernando Alonso também aparece entre os arrependimentos do britânico.
“Emocionalmente, acho, sim. Até certo ponto”, respondeu sobre jamais ter trabalhado pela Ferrari. “Mas tanto quando isso, trabalhar com Fernando [Alonso] e Lewis [Hamilton] teria sido fabuloso. Nunca aconteceu… São as circunstâncias. Às vezes, funciona assim”, destacou.
Curiosamente, Adrian Newey já teve algumas oportunidades de trabalhar na Ferrari. A primeira surgiu quando ele ainda trabalhava da Fórmula Indy, e a última em 2014. Durante o podcast, ele falou sobre as ofertas da equipe de Maranello.
“[A Ferrari] fez uma abordagem nos meus tempos de Indy, o que provavelmente não conta, depois de novo em 1993 e 2014. A de 1993 foi muito tentadora. Fui até lá. Jean Todt tinha acabado de começar [como chefe de equipe]. Lembro dele falando sobre se deveria contratar Michael [Schumacher] ou não. Será que foi uma boa ideia?”, brincou.
“[Em 2014] Foram conversas nascidas de pura frustração. Não queria sair [da Red Bull], mas estávamos numa posição em que a Renault não tinha sido capaz de produzir um motor híbrido competitivo. Isso acontece no primeiro ano de novas regras, tudo bem. Todos cometemos erros. Mas, aí, fui ver Carlos [Ghosn, antigo CEO da Renault]. Christian [Horner], Helmut [Marko] e eu fomos tentar pressionar para aumentar o orçamento deles. Ghosn respondeu que não tinha interesse em F1 e que só estava no esporte porque o pessoal de marketing dizia que devia estar. Foi deprimente”, acrescentou.
