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TJDF julga recurso de Nelson Piquet em ação de racismo contra Lewis Hamilton

Nelson Piquet está cada vez mais disposto a tentar reverter sua condenação por racismo em primeira instância contra Lewis Hamilton

Nelson Piquet foi condenado por racismo contra Hamilton

Reprodução

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) marcou para esta quarta-feira (11) o julgamento de recurso do ex-piloto Nelson Piquet em ação na qual foi condenado por racismo em primeira instância em março deste ano. O tricampão mundial de Fórmula 1 foi indenizado ao pagamento de R$5 milhões a entidades de direitos humanos após chamar Lewis Hamilton de “neguinho”.

Este recurso será analisado pela 4ª Turma Cívil do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, onde a defesa de Piquet tentará reverter a decisão inicial, do juiz Pedro Matos de Arruda, da 20ª Vara Cível de Brasília. Com isso, temos a segunda tentativa do ex-piloto em tentar modificar a condenação inicial. Na primeira, em maio, os advogados apresentaram embargos contra a primeira decisão, mas sem sucesso após rejeição da juíza Thaissa de Moura Guimarães.

Cabe ressaltar que Nelson Piquet foi flagrado utilizando um termo racista para se referir ao britânico em um vídeo de 2021 durante uma entrevista ao canal RedeTV, mas apenas em 2022 houve a circulação do vídeo nas redes sociais após comentar um acidente envolvendo o piloto inglês com o atual tricampeão mundial Max Verstappen, namorado da filha, Kelly Piquet, durante o GP da Inglaterra.

O neguinho meteu o carro e não deixou (o Verstappen desviar). O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro se f****. Fez uma p*** sacanagem”, criticou Piquet.

Nelson Piquet também utilizou alguns termos homofóbicos para tratar sobre o ex-piloto Keke Rosberg e o seu filho Nico com as seguintes palavras: “O Keke? Era uma b****. Não tinha valor nenhum. É que nem o filho dele (Nico). Ganhou um campeonato. O neguinho (Hamilton) devia estar dando mais o c* naquela época e estava meio ruim

A ação contra Nelson Piquet foi movida pela Educafro, responsável pela inclusão de negros em universidades públicas e particulares. Além disso, o  Centro Santo Dias, Aliança Nacional LGBTI+ e a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas também estiveram envolvidas nesta ação citando “reparação de dano moral coletivo e dano social infligidos ao povo brasileiro de modo geral” para justificar o processo.

Escrito por Fabricio Carvalho

Jornalista baseado no Rio de Janeiro. Redator de notícias, artigos e relatos sobre esportes nacional e internacional

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