Embora não seja tão conhecido por evitar publicidade, um grande nome respeitado na Fórmula 1 encerrou sua trajetória no circo no fim do ano passado. O Grande Prêmio de Abu Dhabi foi o último de Josef Leberer, um dos fisioterapeutas pioneiros da modalidade e que conviveu com Ayrton Senna até o fatídico 1º de maio de 1994.
Dentro do paddock, o austríaco de 64 anos era reverenciado. O profissional acompanhou Ayrton Senna na McLaren e na Williams e trabalhou na Sauber pelas últimas 27 temporadas, a partir de 1997.
Recomendado por seu compatriota Niki Lauda, Leberer ingressou na McLaren de Ron Dennis no começo de 1988. Justamente, o primeiro ano de Ayrton Senna na tradicional escuderia britânica.
Embora o austríaco também tenha construído um bom relacionamento com Alain Prost, o fisioterapeuta se tornaria confidente do brasileiro e seu preparador físico particular.
Ayrton Senna foi homenageado dando nome ao filho de Leberer
Os laços que Leberer manteve com Senna foram tão significativos que o austríaco colocou o nome do filho de Josef Ayrton Leberer, em homenagem ao tricampeão mundial de Fórmula 1.
Conforme informações do portal Motorsport, Josef Leberer será embaixador da Sauber. Com a aposentadoria da Fórmula 1, o fisioterapeuta poderá executar projetos pessoais, como o desenvolvimento de ferramentas de realidade aumentada que focam na combinação de atividade física com ativação cognitiva, uma de suas maiores paixões.
“Este é o culminar de tudo desde que comecei a trabalhar com Ayrton. Passei todos os anos treinando os melhores atletas do mundo física, mental e cognitivamente e depois juntei tudo de uma forma que jovens pilotos, outros atletas e até mesmo crianças pudessem se beneficiar, usando tecnologia de ponta”, declarou ao site.
Leberer se retirou da Fórmula 1 na mesma etapa que seu compatriota Franz Tost, agora ex-chefe da AlphaTauri. “Nós nos conhecemos muito bem. Eu sou de Salzburgo e ele do Tirol, mas moro não muito longe dele. Ele é um cara legal, um homem muito focado. Com certeza vamos esquiar juntos!”, projetou.
O ex-parceiro de Ayrton Senna justificou as razões de ter deixado o automobilismo. “Estou ficando um pouco mais velho e mais sábio. Sempre cuidei dos pilotos, agora é hora de focar mais na minha paixão e nos interesses comerciais”, concluiu Leberer.