Diretor da Pirelli, Mario Isola está atento às decisões que serão tomadas pelas equipes para a utilização dos pneus no Grânde Prêmio do Brasil, em Interlagos. Para ele, as características do autódromo e as diferentes estratégias mostram que a corrida do domingo (5) pode ser imprevisível quanto ao número de parada e a troca de pneus.
“Interlagos tem um pouco de tudo, com curvas de baixa e média velocidade, e os carros rodando em um nível bastante elevado de pressão aerodinâmica”, disse o diretor de motorsport da Pirelli sobre as diferenças de Interlagos para outras pistas da Fórmula 1.
“As forças que atuam sobre os pneus são razoavelmente equilibradas entre laterais e longitudinais. O asfalto em si tem um alto nível de rugosidade, típico de pistas permanentes com uma longa história por trás. A degradação é principalmente térmica, por isso os compostos C2, C3 e C4 foram escolhidos.”
Diretor da Pirelli aponta quais são as estratégias mais prováveis
Ainda para Mario Isola, a estratégia “padrão” devem ser as duas paradas, mas nem todos optarão por essa ideia para a corrida do domingo.
“Uma estratégia com duas paradas é o mais provável, enquanto uma única parada exigiria bastante gerenciamento de pneus; afetando o ritmo de corrida”, admitiu o diretor da empresa de pneus da Fórmula 1.
“O safety car tem sido acionado com frequência durante o GP, introduzindo outra variável fundamental, também vimos que as condições climáticas podem variar rápida e amplamente nesta época do ano.”
As diferenças da pista também serão uma chance de avaliação aos pilotos na corrida sprint, que será no sábado (4).
“Interlagos também sediará a última etapa sprint da temporada, dando às equipes e pilotos outra chance de avaliar o comportamento dos pneus em longos stints”, disse Isola, comentando as diferenças da pista.
“Desde que as corridas sprint chegaram para a temporada 2021, Interlagos sempre foi uma delas – um sinal claro de que essa é o tipo de pista que se adapta muito bem a esse formato.”
Segundo o próprio, é uma nova chance para os pilotos, visto que Interlagos é curta para os atuais padrões da categoria, além de ser uma corrida em sentido inverso, ou seja, em anti-horário, tendo descidas longas e subidas também, mudando várias vezes a direção dos carros.