Depois de um hiato de duas semanas, a Fórmula 1 retoma as atividades entre os dias 6 a 8 de outubro, com o circuito do Catar. E para a corrida em questão, uma preocupação vem à tona para as equipes: a questão pneus. Neste cenário, o chefe da Pirelli, Mario Isola tratou fazer algumas pontuações sobre o tema.
Na temporada de 2021, quando o GP de Lusail estreou na categoria, os pneus apresentaram problemas, por conta do desgaste no cenário de calor. Até então na Mercedes, Valteri Bottas viu seus pneus acabarem rapidamente, e ainda contemplaram um furo. Segundo o “Big Boss” da Pirelli, este cenário não deve ser muito diferente em 2023.
“É mais um novo começo, já que os carros agora são muito diferentes daqueles que vimos há alguns anos e o circuito de Losail foi completamente recapeado, com meios-fios modificados também. No papel, as principais características da pista permanecem as mesmas […], mas está claro que as mudanças feitas nos últimos dois anos significam que os dados coletados do primeiro Grande Prêmio são apenas relativamente úteis“, pontuou o chefe da Pirelli.
Ainda na entrevista, Isola fez um comparativo entre Lusail e o GP de Istanbul, na Turquia. “Em termos de severidade, Losail é um circuito muito desafiador para pneus, semelhante a Silverstone e Suzuka. Portanto, não é coincidência que os compostos escolhidos sejam os mesmos: C1, C2 e C3. […] A série de curvas entre as curvas 12 e 14 lembra bastante a famosa curva 8 em Istambul: uma das curvas mais exigentes para pneus na história recente da Fórmula 1“, complementou Isola.
Os desgastes nos pneus Pirelli dependem diretamente do formato da pista, e acabam sendo impulsionados pela existência da prova Sprint Race neste final de semana no Catar. Com a corrida curta, os pilotos terão apenas uma hora de treinos livres na sexta para “sentirem” os pneus. Trazendo uma situação de maior preocupação, o TL1 será feito durante o dia, onde são registradas altíssimas temperaturas.