A Pirelli é a única fornecedora de pneus da Fórmula 1. Mas a empresa centenária vem recebendo diversas queixas dos pilotos. Desse modo, a fábrica italiana está desenvolvendo um pneu inovador, com estreia prevista para 2025.
A medida visa funcionar como uma resposta às críticas pelo desempenho dos compostos na Fórmula 1, sobretudo no GP do Brasil em Interlagos no fim-de-semana. Tanto na sprint de sábado (04) quanto na corrida principal no domingo (05), os graves problemas de degradação dos pneus se agravaram, pela incapacidade de manter as velocidades máximas sem evitar o desgaste das rodas.
Diante dos problemas vistos em São Paulo, o chefe da Pirelli, Mario Isola, reconheceu os erros da empresa italiana. Então, se comprometeu com a inovação dos compostos para daqui a dois anos.
“Estamos dissecando a conexão entre o desgaste dos pneus e a dinâmica na pista. Nosso objetivo é projetar um pneu que se desgaste de maneira que complemente a corrida“, prometeu Isola.
Chefe da Pirelli se preocupa com lado estratégico da Fórmula 1: “Não queremos procissões”
No entanto, o chefe da Pirelli destacou que a degradação dos pneus motiva as equipes a traçarem estratégias durante as corridas da Fórmula 1. “O desgaste dos pneus é o catalisador de grande parte da ação na pista”, afirmou, destacando o equilíbrio entre os planos das escuderias para as provas e a durabilidade das rodas.
O objetivo da Pirelli é criar um pneu que evite o desgaste excessivo. Simultaneamente, os compostos precisam manter a diversidade estratégica através das múltiplas paradas nas corridas, aliadas às condições do tempo.
“Sem desgaste variado dos pneus, arriscamos uma procissão em vez de uma corrida. Precisamos manter o elemento de competição que diferentes taxas de desgaste podem proporcionar”, justificou Mario Isola.
Por fim, o chefe da Pirelli reconhece a necessidade de adaptação dos compostos da empresa italiana na Fórmula 1. “Os pilotos são claros em seu desejo por pneus que possam suportar as corridas“, concluiu.