A abertura da temporada da Fórmula 1 foi ofuscada pelo andamento em torno das acusações feitas contra Christian Horner por uma funcionária da Red Bull. Após uma investigação de oito semanas, um relatório compilado por um advogado independente em nome da empresa rejeitou as acusações feitas contra o chefe da equipe na última quarta-feira (28).
Porém, as coisas mudaram 24 horas depois, quando e-mails anônimos enviados a funcionários da Fórmula 1, incluindo chefes de equipe e da mídia, revelaram evidências que faziam parte da investigação do caso Horner.
Não houve indicação da Red Bull sobre a veracidade do dossiê e não é impossível que alguns dos arquivos possam ter sido fabricados como parte de um esforço para acusar Horner, segundo publicou o Motorsport.
Como a situação em torno das reclamações permanece confidencial, nem a equipe e nem o próprio puderam comentar sobre qualquer aspecto das provas. Por isso, os rivais da Red Bull querem que a FIA esclareça os novos problemas do caso junto à Fórmula 1.
Embora a situação de Horner até agora tenha sido um assunto interno da Red Bull, a forma como a controvérsia desviou a atenção das ações na pista levantou algumas questões sobre a possível intervenção.
A FIA tem interesse em garantir que o assunto não traga descrédito à Fórmula 1 e, além disso, foi incluída nos e-mails anônimos. Segundo o motorsport, órgão regulador do automobilismo está avaliando os próximos passos sobre o caso. As iniciativas para tomar medidas potenciais poderão avançar após discussões.
O vazamento dos e-mails sobre o Caso Horner
Quase 24 horas depois de Horner ter sido inocentado de irregularidades após alegações feitas por uma funcionária, dois endereços de e-mail anônimos distribuíram um dossiê de documentos que alegaram estar relacionados ao caso.
Os e-mails, que continham um link para um arquivo do Google Drive contendo os documentos, afirmavam que “após a recente investigação e declarações da Red Bull, você terá interesse em ver os materiais anexados.” Várias pessoas receberam o e-mail. Segundo a imprensa especializada, foram mais de 100 pessoas, incluindo figuras de mais alta patente da organização da Fórmula 1 e da FIA, bem como diretores de equipe e imprensa credenciada.
Jos Verstappen, pai do piloto da Red Bull, Max Verstappen, por exemplo, também foi incluído entre os que recebeu. A Red Bull não confirmou se os documentos são reais ou foram falsificados.
