O começo dos anos 2000 na Fórmula 1 foi uma época de extremo domínio da Ferrari. Uma questão polêmica para os brasileiros é sobre a suposta entrega de vitórias de Rubinho Barrichello ao alemão Michael Schumacher, que foi pentacampeão no período.
Em conversa com Pedro Scooby, no canal “Podpah”, Rubens esclareceu sobre a história com o heptacampeão da F1: “Seu eu não tivesse deixado ele passar na Áustria, ninguém nunca iria saber e no final do ano eu estaria sem emprego. A mais pura certeza do mundo”, explicou o brasileiro, que deu a entender que ‘foi obrigado’ a deixar o alemão o ultrapassar algumas vezes.
Rubinho, logo em seguida, contou o motivo de ter decidido deixar a equipe italiana antes do fim do contrato: “Eu sempre tive um senso de competitividade… Foi aí que eu decidi sair um ano antes da Ferrari. O que traz longevidade na vida? Todo mundo fala da comida e sono, mas é muito da alegria. Não tava mais alegre, é muita patada nas costas”, desabafou.
O brasileiro revelou também que Schumacher deu algumas taças das corridas em que ele deixou o alemão o ultrapassar: “Foram seis anos de duração, maravilhosos, gratidão eterna. Essa foi uma prova que eu tive que tirar o pé, mas ele me deu o troféu. Tenho 11 vitórias, mas só aqui em casa tem 13 troféus”, afirmou o ex-piloto da Fórmula 1, que comentou ainda sobre a relação com o companheiro de equipe:
“Ele não era tão aberto em certas situações, mas com um vinho na mão era um ótimo parceiro, a gente se divertiu um ‘montão’ também”, completou Rubinho Barrichello; assista:
Depois de sair da Ferrari, o brasileiro foi para a Honda, que se transformou em Brawn em 2009. Ele ainda teve curta passagem pela Williams antes de se aposentar na Fórmula 1.
Rubinho correu também na Fórmula Indy e foi bicampeão da Stock Car Brasil, sendo o segundo título no ano passado, aos 50 anos de idade.