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Russell comenta dificuldades de fuso horário do calendário da Fórmula 1

Piloto da Mercedes, George Russell revelou dificuldades do impacto fisiológico causado pelo rígido calendário de 22 etapas

George Russel

George Russell contou detalhes da rotina de um piloto durante um GP (Divulgação/X Mercedes)

No fim de semana passado, a Fórmula 1 promoveu o GP de Las Vegas nos Estados Unidos. Na etapa final de 2023 neste domingo (26), os pilotos irão encarar um fuso horário praticamente oposto no Grande Prêmio de Abu Dhabi. A capital dos Emirados Árabes está 12 horas na frente com relação à capital dos cassinos. Desse modo, George Russell repercutiu a brusca diferença e as dificuldades para a rápida adaptação de uma corrida para outra.

O piloto da Mercedes reforçou o calendário puxado da Fórmula 1 em 2023. Aliás, o número de 22 provas subirá para 24 no ano que vem, incluindo o GP de Emilia-Romagna em Ímola, cancelado durante a atual temporada, além da volta do GP da China.

Russell admitiu ter sentido um impacto fisiológico diante da sequência de eventos promovidos pela Fórmula 1, cuja paralisação ocorreu somente em agosto, com as quatro semanas de férias de verão.

Russell confessou mudanças em seus batimentos cardíacos

O britânico considerou “brutal” a mudança de Las Vegas para Abu Dhabi em menos de uma semana. Ainda assim, enxerga a experiência como um desafio. “Eu meio que vejo isso como uma oportunidade porque a maioria das pessoas parece cansada e com dificuldades. Mas se você fizer um trabalho melhor que seus concorrentes, isso lhe dará uma vantagem“, declarou Russell ao portal Speedcafe.

George Russell seguiu avaliando os fusos horários distintos que os pilotos enfrentarão na Fórmula 1 no curto espaço de tempo. “Estou mudando apenas uma hora por dia, e será uma mudança contínua por provavelmente duas semanas consecutivas, desde quando comecei a mudar o relógio biológico na sexta-feira [passada, em Las Vegas]”, analisou.

O britânico da Mercedes recordou outras “provas de resistência” semelhantes ao longo da temporada. “Mesmo que a diferença de fuso horário não seja muito grande, sendo Singapura uma corrida noturna e o Japão cedo, foi efetivamente um turno de oito horas. E então as idas e vindas, Miami para a Europa, Canadá para a Europa, Austrália de volta para casa… O corpo estava por todo lado“, falou o piloto.

Por fim, Russell admitiu preocupações com sua saúde por conta de tantas adaptações instantâneas a que se submeteu em 2023 na Fórmula 1.

Devido às interrupções do fuso horário, minha frequência cardíaca durante uma noite de sono é, em média, cerca de 25% mais alta do que seria quando estou em um local consistente. Passei duas semanas em um local neste verão, o período mais longo que passei em três anos, e minha frequência cardíaca foi a mais baixa de todos os tempos“, concluiu.

Escrito por Marco Andrews Felgueiras Maciel

Jornalista formado pela PUCRS em 2007 e pós-graduado em Imprensa Esportiva e Assessoria de Comunicação pela Universidade Castelo Branco. Atuei na web-rádio Voz do Futebol e escrevo para o Torcedores.com desde 2022, além de colaborar para o site Nas Pistas a partir de 2023. Também edito o SAMBARIO, voltado para carnaval e sambas-enredo, desde 2004. No canal do YouTube do portal (@sambariosite), entrevistamos mais de uma centena de personalidades do samba e do carnaval nos tempos da pandemia. Ainda fui redator e assessor de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade).

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