O piloto de Fórmula 1 da Ferrari, Carlos Sainz, disse que ficou frustrado com a categoria ao saber através da imprensa sobre os problemas da Pirelli no GP do Catar e as mudanças noturnas nos limites da pista de Losail.
Na noite de sexta-feira, a Pirelli descobriu danos nos pneus causados pelas zebras e a empresa informou o diretor de monomotores da FIA, Nikolas Tombazis, sobre suas descobertas. Na manhã de sábado e com mais informações surgindo da investigação da Pirelli, a FIA formulou uma resposta.
A FIA determinou alterações nos limites da pista nas curvas 12 e 13, adicionou uma sessão de treinos extras ao cronograma e fez planos para três paradas obrigatórias e uma duração máxima do trecho para a corrida principal de domingo. Isso foi comunicado numa carta de Tombazis às equipas, enviada poucos minutos antes de a comunicação ser informada através de um comunicado de imprensa.
Com o pessoal da equipe e os pilotos ainda em seus hotéis ou dentro da pista, muitos pilotos descobriram pela imprensa ou pelas comunicações do WhatsApp entre si, antes que suas equipes tivessem a chance de informá-los. Sainz também ficou frustrado porque os organizadores pareciam não ter aprendido nenhuma lição após os problemas de pneus enfrentados na visita mais recente da F1 à pista em 2021.
Aspas de Carlos Sainz, piloto da Ferrari
“Se a segurança é necessária, então temos que fazê-lo. Obviamente não aprecio e não gosto que estivéssemos aqui em 2021 e, entretanto, passaram-se dois anos para reagir a este péssimo asfalto.
“Houve um recapeamento, uma reformulação das zebras e, por alguma razão, a FIA persistiu com esse projeto de calçada que está matando os pneus da Pirelli. Não estou culpando a Pirelli, mas ao mesmo tempo claramente há algo acontecendo aí. Na mesma hora chegamos aqui hoje pela manhã e vemos a notícia na imprensa.
“Ninguém nos informou que haveria mudanças nos limites da pista e ninguém nos disse que os pneus estavam delaminando ou algo parecido. Temos de aprender coisas com a imprensa que claramente não são o que ou como as coisas devem ser feitas.”
“Como GPDA não estávamos satisfeitos com a situação e esperamos que a colaboração comece a melhorar, porque ler coisas da imprensa quando a segurança está envolvida então a nossa opinião deve ser considerada, isso não é suficiente.”
