O diretor técnico da Red Bull, Pierre Wache, disse que a FIA não pode continuar a colocar “remendo em remendo” ao tentar melhorar o conceito dos carros de 2026. De fato, uma série de novos regulamentos serão implementados na Fórmula 1 antes da temporada de 2026, com o objetivo de melhorar as corridas e, ao mesmo tempo, minimizar o impacto que o esporte tem no meio ambiente.
Os testes iniciais dos novos carros sugeriram que serão desconfortáveis de conduzir, pois o conceito de carro ágil deve introduzir alterações que incluem, sobretudo, uma maior dependência da aerodinâmica ativa.
Esta tecnologia permitirá que certas partes da forma do carro se ajustem dinamicamente com base nas condições prevalecentes, algo que deixou o tricampeão mundial Max Verstappen recentemente bastante apreensivo.
Há preocupações de que a primeira temporada dos novos regulamentos possa apresentar os chamados carros ‘Frankenstein’, na medida em que serão um pouco embaralhados, sem nenhuma fórmula aparente. Agora, Wache disse que a Fórmula 1 deve resolver os problemas de maneira adequada, a fim de evitar encobrir as rachaduras nos novos conceitos de carros.
“A velocidade está diminuindo e a sensação não é tão boa. A FIA trabalha com as equipes sobre como essa energia será aplicada para torná-la menos incômoda para o piloto e para ter um melhor perfil de velocidade ao longo da volta”, disse ele.
“Além disso, eles também trabalham nas características do carro para ter menos arrasto e menos downforce. Ao ter menos downforce, você recupera mais energia porque passa mais tempo nas curvas e nas zonas de frenagem, e então gasta menos tempo nas retas. Você não pode colocar patch após patch para conseguir algo”, continuou.
“Você tem que olhar para o problema com uma visão mais ampla e dizer: ‘Como faço para resolver isso e como resolvo meu problema? Que característica do carro preciso para conseguir algo?’ Se você precisar de um patch para resolver algumas coisas, você ainda pode fazer isso depois. Mas você não começa com um patch primeiro. Caso contrário, nunca funciona”, concluiu Wache.
