Desde sua criação em 1950, a Fórmula 1 tem sido um palco de inovação, tecnologia de ponta e competição feroz. A categoria é o ápice do automobilismo, onde equipes e pilotos buscam a perfeição na procura pela glória nas pistas. Entretanto, nem todos os carros que competiram na Fórmula 1 ao longo de sua rica história se destacaram pela excelência.
Nesse texto, mergulharemos no fascinante mundo dos “piores carros” que ousaram competir pelo título na Fórmula 1. São máquinas que desafiaram a engenharia, os pilotos e a lógica ao lutar por um lugar no pódio mais alto.
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Veja os piores carros que disputaram o título da Fórmula 1
Ferrari em 2012:
A temporada de 2012 da Fórmula 1 ficou marcada pelo tricampeonato consecutivo de Sebastian Vettel com a Red Bull. Entretanto, há quem coloque Fernando Alonso com sua F2012 como principal piloto daquele ano. O motivo? O desempenho conquistado apesar da qualidade duvidosa de seu carro. Red Bull e McLaren eram apontados como carros bem superiores.
Mesmo com um carro ruim, Alonso abriu 40 pontos de vantagem na liderança do campeonato após o GP da Hungria, 11º prova da temporada. Sebastian Vettel, que tinha uma máquina melhor, contudo, conseguiu se recuperar. O piloto alemão encerrou o ano com três pontos de vantagem sobre o espanhol.
Fernando Alonso conquistou duas poles positions e dez pódios, sendo três vitórias. O espanhol da Ferrari, porém, não teve nenhuma volta mais rápida – o que ajuda a entender o tamanho do feito naquela temporada.
Jordan em 1999:
Mika Häkkinen, competindo pela McLaren, foi o grande campeão da temporada de 1999, que ainda teve Eddie Irvine, da Ferrari, como vice-campeão. Quem fechou o ano como herói daquele mundial, no entanto, foi o alemão Heinz-Harald Frentzen, que corria pela Jordan.
Embora seu carro fosse muito abaixo dos concorrentes, Frentzen conseguiu brigar pelo título mundial daquele ano até a penúltima etapa. O piloto da Jordan chegou a ficar dez pontos atrás de Häkkinen – ou seja, uma vitória de diferença – após a 13ª etapa, no GP da Itália. Vale lembrar que a temporada tinha 16 corridas ao todo.
O alemão conquistou duas vitórias, seis pódios e uma pole naquela temporada, encerrando o ano com 54 pontos. Mika Häkkinen, com cinco vitórias, fechou com 76.
Ferrari em 1997:
Michael Schumacher é o maior campeão da história da Fórmula 1 com sete títulos conquistados, assim como Lewis Hamilton. Com isso, o ex-piloto alemão provou que não tinha apenas sorte, mas ainda mais talento e competência. Foi pela Ferrari onde ele mais se destacou, conquistado o pentacampeonato consecutivo entre 2000 e 2004.
Mas foi também pela escuderia italiana, antes do penta, onde Schumacher teve uma de suas maiores temporadas – embora não tenha conquistado o título. E o motivo é simples: o alemão conseguiu ‘tirar leite de pedra’ com o carro que tinha à disposição.
Schumacher encerrou aquele ano com cinco vitórias, oito pódios, três poles e três voltas mais rápidas em 17 corridas. Somou 78 pontos e fechou a temporada como vice-campeão para o canadense Jacques Villeneuve, da Williams, que somou 81.
No GP da Europa, última prova daquela temporada, o alemão ainda disputava o título e tentou provocar um acidente com Villeneuve para tirá-lo da corrida. Se o plano tivesse sido executado com sucesso, Schumacher teria sido campeão. Mas a missão falhou e o então piloto da Ferrari foi o único a abandonar a corrida.
Ao final daquela temporada, entretanto, Schumacher foi desclassificado do campeonato inteiro por causa da a tentativa frustrada de eliminar Villeneuve do GP da Europa.
BMW Sauber em 2008:
A temporada de 2008 ainda não acabou. Embora Lewis Hamilton tenha sido campeão naquele ano, o brasileiro Felipe Massa entrou na justiça para mudar seu vice-campeonato. E com toda razão, diga-se de passagem. Mas a disputa entre Hamilton e Massa, além de tudo o que aconteceu nos bastidores daquela temporada, nos esquecemos do feito de Robert Kubica.
O polonês tinha um carro muito abaixo dos rivais, mas chegou a liderar a temporada após o GP dao Canadá, sétima etapa daquele ano. Até que a BMW Sauber teve a brilhante ideia de parar o desenvolvimento do carro naquele ano para já focar na temporada seguinte. O plano não poderia ter dado mais errado.
Além de Kubica ter sido ainda mais prejudicado na concorrência para os rivais – lembrando que o carro já era ruim -, a equipe teve um desempenho pífio em 2009. Nick Heidfeld somou 19 pontos e Kubica ficou com 17. No Mundial de Construtores, a BMW Sauber ficou na sexta colocação, com 36 pontos.
Mas voltando ao ano de 2008, Kubica chegou a conquistar sete pódios na temporada. Na penúltima etapa daquele ano, disputada na China, o polônes tinha apenas 12 pontos de diferença para o líder Hamilton. Ou seja, ele ainda tinha chances de título. Ao final da temporada, contudo, encerrou na quarta colocação geral, atrás também de Kimi Räikkönen.
Brabham em 1983:
Não poderia faltar um carro pilotado brasieiro nesta lista, e o escolhido foi Brabham BT52 guiado por Nelson Piquet na temporada de 1983. O carro não era exatamente ruim como todos os outros citados nessa lista, entretanto, definitivamente também não era um dos favoritos. Os destaques antes do início do campeonato eram a Ferrari e Renault, mas Piquet com a Brabham superou as expectativas enem apenas brigou pelo título, como foi o campeão daquele ano.
Foram três vitórias e oito pódios para Nelson Piquet naquela temporada, fechando o campeonato com 59 pontos. O vice-campeão Alain Prost, da Renault, ficou com 57 pontos; enquanto o terceiro colocado René Arnoux, da Ferrari, acabou com 49.