Chefes de equipe na Fórmula 1, Toto Wolff e Fred Vasseur, da Mercedes e Ferrari, respectivamente, foram chamados pelos comissionários da FIA antes do GP de Abu Dhabi. A ordem para a reunião se deu em razão dos palavrões mencionados durante entrevista coletiva após o Grande Prêmio de Las Vegas.
Chamado dos comissionários da FIA
O chefe da Ferrari abusou dos palavrões por conta do acidente com o carro de Carlos Sainz, que se chocou com uma tampa de bueiro. Porém, Wollf se posicionou em defesa do GP de Las Vegas, demonstrando-se contra o desabafo procedente da equipe de Vasseur.
Após ser chamado à sala de comissionários da FIA, a Sky Sports F1 indagou Toto Wolff sobre o “aviso” recebido no encontro. Contudo, o chefe da Mercedes aprovou a ‘repressão’ referente aos palavrões proferidos: “Isso foi ótimo”, disse ao veículo, segundo o portal Motorsport.com.
Além disso, brincou sobre quando havia sido a última vez que recebeu um chamado à sala de seus superiores: “A segunda vez que fui convocado em algum lugar. A última vez foi em 1984, quando eu tinha 12 anos na escola”, enfatizou.
Wolff reconheceu, portanto, que, como personalidade do esporte, o uso de uma linguagem com palavrões, em frente às câmaras, não é espelho ou exemplo para os mais jovens, que são fãs da Fórmula 1. Dessa forma, aprovou a advertência, e a viu como merecida, perante ao mau comportamento de líderes de grandes equipes da modalidade esportiva.
“Acho que, como positivo, somos modelos, estamos representando o esporte e alguns de nós não somos nativos, então a palavra F escapa mais fácil. E não acho que qualquer pessoa que esteja no carro ou fora dele sendo olhada por jovens na TV deva usar a linguagem.”, destacou.
A FIA, em sua decisão contra Wolff, aceitou que “o uso da linguagem em questão foi neste caso incomum e foi provocado por uma interjeição abrupta durante a coletiva de imprensa. Portanto, não pode ser considerado típico deste chefe de equipe”.
Público da Fórmula 1
Devido ao fato do público da F1 incluir crianças, como a F1 Kids, por exemplo, Wolff pontuou: “Há um quadro muito maior. Por isso que aceito ser chamado lá por causa do quadro muito maior”, relatou.
“Todos nós – sejam pilotos, representantes de equipes, funcionários da FIA – precisamos aderir ao código esportivo. Precisamos aderir ao acordo de governança do Concorde de como as decisões estão sendo tomadas. Precisamos aderir ao código de ética da FIA, todos nós”, prosseguiu.
Por fim, o chefe de equipe da Mercedes na Fórmula 1, concluiu que “aplaude” a decisão da FIA: “Este episódio sobre xingamentos, que eu aplaudo que estamos parando que todos nós juntos, há um certo conjunto de regulamentos e diretrizes que todos nós precisamos aderir no melhor interesse do esporte.”, completou.
