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Corridas extremas de Portland geram polêmica entre os pilotos

A extrema economia de energia e as corridas de curta distância dividem opiniões entre os pilotos da Fórmula E

Divulgação/Fórmula E

O ePrix de Portland da Fórmula E foi repleta de emoções. Afinal, a etapa do campeonato de carros elétricos no último sábado (24) apresentou 403 ultrapassagens em 32 voltas da corrida. Assim, o neozelandês Nick Cassidy venceu a prova e está a um ponto do líder do campeonato, o britânico Jake Dennis, que ficou em segundo em Portland, a apenas 0,294 de distância de Cassidy.

Mas a grande corrida da Fórmula E vem gerando debates. De acordo com o site Motorsport, a pista de Portland apresenta um layout atípico. Ou seja, apresenta curvas rápidas e poucas zonas de frenagem pesada, o que significa que os pilotos enfrentam requisitos rígidos de economia de energia. Assim, os automobilistas são forçados a circularem longe do ritmo ideal nos primeiros dois terços da corrida.

Desse modo, muitas trocas de posições ocorreram ao longo do ePrix de Portland. Assim, resultaram uma cena constante, ao longo das 32 voltas, os carros correndo lado a lado sem usar muita energia.

Pilotos alegaram não saber em que posições estavam em Portland

Em entrevista para o Motorsport, o francês Sacha Fenestraz, da Nissan, se queixou da forma como a corrida se desenvolveu. Já que, no meio desses contatos próximos entre os automóveis, se chocou com seu companheiro de equipe e compatriota Norman Nato. Além disso, o suíço Nico Müller, da Audi, também acabou batendo.

“Tantas coisas estavam acontecendo, eu não tinha ideia de onde estava em termos de posição. Às vezes éramos cinco, até seis na largura. Não foi uma corrida agradável. Não sou fã, é muito perigoso. Vimos o que aconteceu com Nico, foi um grande acidente. Felizmente ele não voltou para a pista com outro carro chegando. Estamos voltando no ano que vem novamente, mas espero que possamos mudar algumas coisas”, declarou Fenestraz, após a prova em Portland.

Já o belga Stoffel Vandoorne, da Penske, também não se impressionou: “Estava muito confuso, é difícil chamar de corrida em alguns pontos quando você tem quatro de largura em todas as retas”, comentou.

O alemão Pascal Wehrlein, que perdeu a liderança da Fórmula E em Portland ao terminar em oitavo, não deseja que o estilo da ePrix do último fim-de-semana seja constante nas corridas seguintes da modalidade.

“Acho que algumas corridas, duas ou três por ano, podem ser divertidas”, disse o piloto da Porsche ao Motorsport. “Mas se é assim em todas as corridas, por que estamos fazendo a classificação? Acho que foi divertido, mas só espero que nem todas as corridas sejam assim”, analisou.

Por fim, o vencedor da prova Nick Cassidy aprovou a disputa na ePrix de Portland. “Para mim foi muito emocionante”, resumiu. As próximas etapas da Fórmula E serão a jornada dupla em Roma, nos dias 15 e 16 de julho.

Escrito por Marco Andrews Felgueiras Maciel

Jornalista formado pela PUCRS em 2007 e pós-graduado em Imprensa Esportiva e Assessoria de Comunicação pela Universidade Castelo Branco. Atuei na web-rádio Voz do Futebol e escrevo para o Torcedores.com desde 2022, além de colaborar para o site Nas Pistas a partir de 2023. Também edito o SAMBARIO, voltado para carnaval e sambas-enredo, desde 2004. No canal do YouTube do portal (@sambariosite), entrevistamos mais de uma centena de personalidades do samba e do carnaval nos tempos da pandemia. Ainda fui redator e assessor de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade).

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