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Bia Figueiredo destaca participação nas 500 Milhas de Indianápolis: “É arrepiante”

Bia Figueiredo destaca ambiente da tradicional prova nesta entrevista exclusiva

Bia Figueiredo fala exclusivamente com os NasPistas

Rodrigo Ruiz/RR Media

Em entrevista exclusiva para o Nas Pistas, a piloto fala da experiência em carros de fórmula para mulheres, do trabalho como comentarista, da carreira na Stock Car, e do seu mais novo desafio na Copa Truck. Bia Figueiredo também tratou da polêmica familiar a respeito da acusação de desvio de verba pública da saúde do Rio de Janeiro.

Leia a entrevista ao Nas Pistas, vertical de automobilismo do Torcedores.com, na íntegra.

Nas Pistas: Como chegou o convite para ser comentarista da Fórmula Indy? Quais suas referências na função?

Bia Figueiredo: Fiz alguns bons anos de comentários da Fórmula Indy, na Band, e também de F1 na Rádio CBN com o querido Oscar Ulisses (narrador).

Fui convidada a fazer as 500 Milhas de Indianápolis 2022, que já estava na TV Cultura. Acho que a direção da TV gostou e me chamou para fazer o ano todo.

NP: Qual seu palpite para o campeonato da Indy?

Bia: Acredito que o (Scott) Dixon, (Josef) Newgarden e Pato (O´Ward) são os favoritos. Mas a categoria tem grandes nomes e muita coisa pode mudar.

NP:  O que você guarda de mais especial de suas participações nas 500 Milhas de Indianápolis?

Bia: A primeira vez que vi aquele autódromo com 400 mil pessoas é arrepiante. Você se sente um super star. Todos os quatro anos que corri foram incríveis e com muitas emoções.

NP: Em quanto tempo teremos, na sua opinião, uma mulher na F1?

Bia: Não vejo ainda, no curto prazo, uma menina pronta para a Fórmula 1. Ela tem que ser preparada desde o kart.

Na verdade, acredito que temos que ter 50 vezes mais meninas correndo no kart para que possamos descobrir duas ou três mais talentosas que possam chegar na F1.

NP: De que forma a relação peso do carro + peso do piloto equilibrou as corridas de Fórmula? Essa questão atinge mais as mulheres?

Bia: Em todas as categorias que andei, já havia o peso mínimo no regulamento. Então, nunca tive benefícios por ser mais leve.  Na Formula Indy eles adicionaram o peso mínimo no ano que estreei. 

Para carros Fórmula, que o peso fica em torno de 700kg, qualquer peso faz diferença. 10, 20kg podem virar importantes décimos de segundo por volta.

NP: Como avalia sua participação na Stock Car? Por que escolheu a Copa Truck para sua volta ao automobilismo?

Bia: Fiquei seis anos na Stock Car, fiz três top 5 , com um quarto lugar em Londrina em 2019. O podium bateu na trave por algumas vezes. É uma categoria muito competitiva com os melhores pilotos nacionais. Foram ótimos anos lá.

Em 2022, fiz algumas provas de TCR, após voltar do período de maternidade.

Quando o Roberval (Andrade) me contatou, no final do ano passado. Ele me deu as melhores condições para buscar vitórias e campeonatos. Estou muito feliz com esse início da Truck com dois pódios na estreia.

NP Depois do que passou no seu lado pessoal, tudo que vem acontecendo, é um renascimento para você?

Bia: Os últimos anos foram um turbilhão de emoções. As minhas grandes vitórias da vida chegaram: o nascimento dos meus filhos Murillo e Matteo Luz.

Fui vítima de uma exposição midiática de um processo que não faço parte. Em 38 anos de vida, eu nunca respondi por nenhum processo criminal.

Todas as minhas conquistas profissionais e pessoais foram atingidas com ajuda dos meus pais, mentores, patrocinadores e do meu trabalho. Comecei a correr aos oito anos, virei profissional aos 15 anos e me tornei a maior referência feminina no esporte muito antes de ser casada.

Nunca fui questionada sobre os assuntos citados, nem antes e nem depois de ser exposta, nacionalmente, de uma forma irresponsável.

Sigo trabalhando duro, conquistando coisas com o meu suor, dedicação e fazendo o bem, sempre. Foco na próxima corrida.

Escrito por Carlos Lemes

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