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Ex-rival de Mick Schumacher busca a construção de sua carreira na Fórmula Indy

Callum Ilott, ex-piloto júnior da Ferrari, fala sobre os desafios de competir na Indycar

Fórmula Indy

Divulgação/ Twitter Juncos Hollinger Racing

Após terminar como o vice-campeão da Fórmula 2 em 2020, somente atrás de Mick Schumacher, Callum Ilott não teve oportunidades na F1. Desse modo, o britânico acabou entrando na Fórmula Indy em 2021 na equipe Juncos Hollinger Racing. Na época de sua estreia na categoria, ele ainda era piloto de testes da Ferrari Driver Academy e o segundo piloto reserva da Alfa Romeo na Fórmula 1.

O seu primeiro teste para a Alfa ocorreu na temporada 2019 em Barcelona. Além disso, ele correu também no teste pós-2020 em Abu Dhabi, tendo perdido um treino de sexta-feira para a Haas em Nurburgring. Dessa forma, ele compartilhou seu papel de reserva da Alfa com Robert Kubica e acabou conseguindo suas saídas do FP1 em Portugal e na Áustria em 2021, sendo que antes ele já tinha testado um carro de especifição mais antiga para a Ferrari em Fiorano.

No entanto, as expectativas do jovem na F1 sofreram um duro golpe quando a equipe Alfa Romeo ofereceu a Guanyu Zhou uma vaga em 2022 ao invés dele. Assim, Callum Ilott decidiu que era hora de se comprometer com a Fórmula Indy.

“Eu sempre assisti a IndyCar nos últimos dois, três anos e fiquei interessado em tentar. Em 2021, eu havia tentado Le Mans, estava competindo em resistência [com a equipe Iron Lynx Ferrari GT] e pude ficar no ambiente da F1 como reserva de teste e, você sabe, viver da esperança que um dia você entra. Mas, no final das contas, eu queria correr, queria ter uma boa carreira”, disse o piloto ao Motorsport.com.

Comprometendo-se com a Fórmula Indy

Após descartar completamente os Hypercars no WEC, o gerente de Ilott ligou para o jovem sobre uma equipe chamada Juncos Hollinger Racing. Assim, o time estava iniciando o seu programa na IndyCar e desejaria contratá-lo para as últimas três corridas da temporada 2021.

O britânico apostou na seleção argentina-americana e depois assinou um contrato com eles no ano seguinte até o final da temporada 2024. Inclusive, uma das motivações para o piloto assumir o compromisso de ser um piloto integral da Juncos na Fórmula Indy foi o fato de que havia bem mais oportunidades de carreira na América para “fazer um nome para si mesmo”. Além disso, ele não enxergava essa oportunidade nas corridas de resistência, ainda mais tendo que compartilhar o destaque com os companheiros de equipe.

“Olha, eu amo corridas de resistência. Eu pensei que era ótimo. Mas a única coisa que você quer fazer quando jovem é ter um nome para si mesmo, fazer uma carreira e, claro, você pode fazer isso lá. Mas nas corridas de resistência, você é uma das três pessoas no carro e é mais difícil se destacar. É mais difícil mostrar sua habilidade e ainda quero vencer e ainda quero vencer sozinho”, comentou Callum Ilott.

Para Ilott, a sua decisão era óbvia.

“Posso ir e fazer corridas de resistência a qualquer momento e fazer um bom trabalho nisso. Mas não consigo decidir daqui a 10 anos ir para a IndyCar – esse é um caminho muito mais difícil de seguir.  Quero vencer grandes corridas na América”, completou o piloto de 24 anos.

Entrando na IndyCar como um jovem europeu

Apesar de ter mais oportunidades na América do Norte, Ilott também revelou que entrar na Fórmula Indy não é fácil para os pilotos europeus. Para eles, as coisas ficam ainda mais difíceis se você ainda precisa provar o seu valor para conseguir acordos lucrativos de patrocínio.

“É difícil entrar da Europa da mesma forma, provavelmente da América, é difícil entrar na Europa. É difícil para um europeu entrar na IndyCar porque obviamente você não está nela. Embora saibam quem você é, eles não estão procurando ativamente por pilotos europeus, ou estão procurando os melhores, certo?”, comentou Callum Ilott.

“E se o melhor significa como um pacote, por causa do patrocínio que você traz ou sendo o melhor, porque você é o prospecto mais quente de onde quer que seja, isso é olhado. Mas você tem que construir um nome para si mesmo, você tem que agregar valor, seja em velocidade ou dinheiro”, completou o piloto.

Contudo, assim que o piloto encontra o caminho para Fórmula Indy, Ilott acredita que ele pode ter uma carreira de sucesso, colhendo recompensas que não são possíveis em outras séries de corrida europeias.

“Uma vez que você tem essa oportunidade, uma vez que você está dentro dela, é uma carreira muito boa – algumas pessoas a ignoram. Você facilmente corre na IndyCar e faz algumas pontuações na IMSA ou Le Mans. Você simplesmente não seria capaz de fazer isso da mesma maneira na Europa. Uma vez que você está no ambiente, é uma grande carreira. Mas é difícil entrar nele”, finalizou Callum Ilott.

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