Quinta colocada na Indy NXT com 237 pontos, a jovem Jamie Chadwick está colocando as mulheres no topo do mundo do automobilismo norte-americano e mundial.
Com 26 anos, a jovem britânica se tornou a primeira mulher a vencer uma prova na Indy NXT quando chegou em primeiro lugar no GP de Road America — antes dela apenas Pippa Mann havia ganhado uma etapa em Chicagoland em 2010 quando a categoria ainda se chamava Indy Lights.
Do Kart à Indy NXT
Chadwick começou sua carreira no Kart. Depois, em 2015, se tornou a primeira mulher a vencer no British GT Championship. Com esse desempenho ela logo chamou a atenção da equipe Aston Martin, que a convidou para treinar em sua academia, a Aston Martin Racing Driver Evolution Academy. Lá, todos perceberam que estava surgindo um novo talento no mundo do automobilismo.
Após um breve período na academia da Aston Martin, Chadwick voltou às pistas para se tornar a primeira mulher a vencer uma corrida da Fórmula 3 britânica.
Desse momento em diante, a jovem foi acumulando boas participações e vitórias e outras categorias até chegar à Indy NXT, espécie de categoria de base da Fórmula Indy.
Hoje ela compete, entre outros, com o brasileiro Caio Collet, de 22 anos, que corre na Indy NXT pela HMD Motorsports e também conquistou sua primeira vitória na categoria em 2024, no GP de Mid-Ohio — o brasileiro é o terceiro colocado na categoria com 328 pontos.
Chadwick quer mais mulheres no automobilismo
Chadwick em uma entrevista recente disse que apesar de o automobilismo ser um esporte “duro e físico”, ela acredita que não há “nenhuma razão para uma mulher não competir no mais alto nível”.
Atualmente, no Kart, nos EUA e no Reino Unido, apenas 13% dos participantes são meninas. Chadwick sabe de seu papel e trabalha para atrair mais mulheres para o mundo do automobilismo.
“Eu quero mais mulheres no esporte“, diz ela. “Eu acho que deveríamos encorajar que mais e mais garotas participem do processo de seleção da Indy e entrem para a Indy NXT”, afirmou.
Chadwick acredita que é preciso mudar a percepção que muita gente tem do automobilismo. Para ela, o mundo das corridas não é “apenas um esporte no qual você se torna profissional e passa a disputar as provas de forma altamente intensa. É também um esporte capaz de gerar muita satisfação”.
Essa semana a revista Forbes fez um perfil de Chadwick no qual celebrou o trabalho que ela faz para inspirar e abrir portas para as novas gerações. Segundo a revista, ela está “ajudando a direcionar o automobilismo para um futuro mais diverso e inclusivo”.
Uma prova dessa mudança são as jovens brasileiras Antonella Bassani e Rafaela Ferreira, que brilham na Porsche Cup e na F4 Brasil.