Em preparação para o GP da Austrália neste final de semana, Aleix Espargaró lamentou a falta de respeito de pilotos e equipes com os contratos na MotoGP. O tema ganhou notoriedade com o anúncio da saída de Marc Márquez da Honda ao fim da temporada.
Ainda sem preencher a vaga deixada por Márquez, a Honda vasculha o mercado atrás do substituto. Em entrevista na Austrália, Espargaró foi questionado se teria interesse na posição.
“Não. Mas como eu digo, você nunca sabe nesse mundo. Eu sou o primeiro a querer mais respeito pelos contratos e nesse paddock nós temos que evoluir muito nesse ponto. Mas, você nunca sabe o que pode acontecer. Então, o que posso dizer que aprendi na minha longa carreira é nunca dizer nunca neste mundo”, afirmou o espanhol.
A critica de Espargaró, entretanto, não é destinada a acordos mútuos entre pilotos e equipes. O espanhol lamenta, principalmente, situações em que os vínculos são quebrados unilateralmente.
“Quando a quebra parte de um piloto, isso quer dizer que houve um acerto. E, se as duas partes concordam com o fim, como foi com Marc e a Honda, está tudo bem. É parte do relacionamento. Então, se as duas partes concordam, não vejo problema. Mas quando times, muitas vezes na Moto2 ou Moto3 acham que o piloto não está evoluindo, eles quebram o contrato. E isso é errado. Porque quando os pilotos estão vencendo eles não vão chegar pedindo mais dinheiro. Então, não é justo”, explicou Espargaró.
Espargaró quer associação de pilotos na MotoGP
A forma de resolver a questão, segundo Espargaró, seria a criação de uma associação de pilotos na MotoGP, assim como a que existe na Fórmula 1. O espanhol acredita que a categoria falha em proteger os interesses dos pilotos.
“Acredito que a Associação Internacional de Equipes (IRTA) protege muito as equipes e não os pilotos. Então, acho que isso responde a questão. Acho que se tivéssemos essa associação de pilotos poderia ser bom. Mas não deveriamos precisar disso, o campeonato deveria proteger os pilotos.