Depois de uma temporada vitoriosa no World SBK, o espanhol Álvaro Bautista voltou a se aventurar na MotoGP neste final de semana, ao participar do GP de Sepang, na Malásia. O desempenho no regresso, no entanto, não agradou o piloto.
Na disputa em solo asiático, Álvaro Bautista terminou a prova na 17ª posição. Um dos aspectos que justificam o baixo rendimento foi a lesão sofrida pelo campeão, durante o teste de pós-temporada em Jerez, onde machucou o pescoço e a clavícula.
“Foi importante vencer esta batalha contra Jorge. Não tem sido um fim de semana fácil; não estou usando desculpas, mas depois da última corrida do WorldSBK, fizemos um teste e eu bati”, afirmou Álvaro Bautista em entrevista ao MotoGP.com.
“Eu machuquei meu pescoço e clavícula. Senti dor, mas depois de dois ou três dias, ela desapareceu. No entanto, aqui do FP1, senti que não tinha energia suficiente no meu braço esquerdo. Eu trabalhei com o fisioterapeuta, mas não melhorou. Ficou cada vez pior a cada dia e eu estava lutando muito para fazer força com isso”, pontuou o espanhol, trazendo informações de bastidores.
“Meu chefe de equipe, verificando os dados em comparação com outros pilotos da Ducati, disse ‘por que você é tão rápido como os outros nos cantos direitos, mas perde quase um segundo nos cantos esquerdos?’ Mas a realidade é que eu não podia cavalgar como eu queria”, seguiu Álvaro Bautista.
“Novamente, não é uma desculpa; estou com muita raiva de mim mesmo porque não pude aproveitar minha equitação a 100%. O bom é que o campeonato está feito; vou voltar para a Espanha e verificar por que perdi a energia e tentar melhorar no inverno”, afirmou o piloto de 38 anos.
Por fim, Bautista classificou que 90% do desempenho dele em Sepang foi comprometido por conta dos problemas físicos, e os 10% foram da falta de confiança e configuração da moto.